A Folha de S. Paulo publicou reportagem, no dia 14 de dezembro, sobre a compra da operadora de planos de saúde SulAmérica pelo grupo hospitalar Rede D’Or. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição sem restrições. De autoria do jornalista Alberto Alerigi Jr, a matéria “Cade aprova a compra da SulAmérica pela Rede D’Or sem restrições” pode ser acessada aqui.
Segundo o texto, a Rede D’Or anunciou a compra no fim de fevereiro, em uma transação que avaliou todas as ações da operadora de planos de saúde em cerca de R$ 13 bilhões, marcando o maior negócio da rede desde que estreou na Bolsa brasileira.
Assim como a superintendência do Cade, a Susep também aprovou a transação sem restrições. Para o negócio ser efetivado, resta apenas o aval da ANS.
De acordo com a Folha, seis conselheiros do Cade, incluindo o relator do caso, Luiz Hoffmann, e o presidente, Alexandre Macedo, votaram pela aprovação sem restrições. A conselheira Lenisa Prado votou a favor, mas com uma ressalva: que a empresa de administração de benefícios Qualicorp fosse excluída do grupo resultante.
O negócio encontrou resistência de tradicionais grupos hospitalares, como Einstein, Sírio Libanes e Master Dei. Os grupos questionaram a necessidade de o Cade julgar o processo faltando ainda mais de 100 dias para o término do prazo legal, que se encerra em fevereiro.
Em entrevista para a Folha, Hoffmann afirmou: “não há justificativa econômica para que a SulAmérica descredencie concorrentes da Rede D’Or já que a receita da operadora é insuficiente para manter o grupo por si só e, por isso, a rede de hospitais precisa atender outros planos”.
Há uma preocupação dos conselheiros Victor Fernandes e Gustavo de Lima com os riscos de troca de informações sensíveis de rivais da Rede D’Or, que eventualmente podem ser obtidas pela SulAmérica no âmbito de seus negócios regulares, como as que envolvem médicos. Segundo os profissionais, cabe à ANS regular o setor.
A reportagem ainda informa que a aprovação ocorre quase um ano após a autarquia aprovar a compra da NotreDame Intermédica pela Hapvida, que se tornou a maior empresa verticalizada de saúde do País.