Prepare-se: o Brasil está prestes a vivenciar uma transformação tributária histórica. Em 2027, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) entrará em cena, aposentando o complexo mundo do “PIS/COFINS”. Para mais de 4 milhões de empresas, isso será como jogar as peças de um quebra-cabeça para o alto e montar um jogo completamente novo.
Mas será que a CBS será a simplificação que tanto esperamos ou um novo desafio para quem não se preparar a tempo? A resposta depende de como cada empresa decide encarar os próximos dois anos (2025 e 2026).
O que é a CBS e por que ela importa?
A CBS surge com a promessa de consolidar o PIS e a COFINS em uma única contribuição, com uma alíquota uniforme e creditamento amplo. A ideia é reduzir a complexidade do sistema atual, que hoje parece mais um labirinto sem saída. Só que, como toda mudança, a CBS traz impactos que podem beneficiar alguns e penalizar outros.
Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT, explica: “A CBS não é só uma troca de nomes. É uma mudança estrutural que vai exigir uma nova mentalidade tributária. As empresas precisam começar agora a ajustar seus sistemas, renegociar contratos e revisar seus preços. Quem deixar isso para 2027 estará fadado ao prejuízo. Especialmente as empresas do Lucro Presumido e do Simples Nacional que vendem para outras empresas e não tributam hoje a partir de créditos e débitos”.
Por que 2025 é o ano da virada?
Com a transição se aproximando, 2025 será o ano crítico para as empresas que desejam virar o jogo. É o momento de:
- Mapear impactos nos fornecedores e na cadeia de valor.
- Revisar sistemas fiscais e contábeis.
- Implementar tecnologias que garantam compliance e precisão nos cálculos.
- Escriturar absolutamente todas as compras e pagamentos, em tempo real.
“Soluções, como a Calculadora da Reforma Tributária e o Invoice-To-Pay podem ajudar empresas de médio e grande porte a entender os impactos reais e se preparar para o que vem por aí”, diz Ribeiro.
Os vencedores e os perdedores da CBS
De um lado, empresas que já estão ajustando suas estratégias para reduzir o ônus tributário e ganhar competitividade. De outro, aquelas que ignoram o impacto da reforma e correm o risco de pagar caro pela desinformação. Lucas Ribeiro reforça que “a reforma tributária é a chance de transformar a empresa. Quem entender e planejar primeiro, lidera. Quem ficar na inércia, pode nem sobreviver”.
“O futuro está chegando. A pergunta é: você vai ser um protagonista ou um espectador dessa transformação?”, conclui Lucas Ribeiro.