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Registro de crédito diminui a burocracia e tem poder de expandir negócios

Foto: Mediamodifier/ Pixabay
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Especialistas debatem “Evoluções, Oportunidades e Tendências no Registro de Crédito e suas Garantias” em evento da Acrefi

Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro passou por revoluções tecnológicas, impulsionando a transformação digital do setor. Um exemplo disso são as várias normas de registro no mercado de crédito, que destacam a importância de investir em tecnologia para digitalizar as garantias de crédito. Recentemente, a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) realizou um evento online sobre “Evoluções, Oportunidades e Tendências no Registro de Crédito e suas Garantias”.

O registro de crédito pode ser usado por instituições financeiras para documentar e acompanhar as informações relacionadas aos históricos financeiros de indivíduos ou empresas. O principal objetivo dessa obrigação regulatória é proporcionar aos credores uma visão do comportamento financeiro de um cliente em potencial, ajudando as instituições a determinar a confiabilidade financeira, e assim, tomarem decisões mais assertivas sobre empréstimos e concessão de crédito.

Cintia Falcão, Consultora Jurídica da ACREFI e mediadora do painel, abriu o evento destacando a relevância da regulamentação para as instituições financeiras . “É relativamente recente a obrigatoriedade de registro de alguns ativos financeiros, mas já conseguimos perceber que é uma tendência de médio e curto prazo”, explica Cintia. “Acredito que 100% do que é comercializado hoje no mercado de crédito brasileiro seja registrado em uma entidade com cobertura total no país e que seja acessível a quem quiser uma consulta, alguns podem achar isso uma burocracia, mas é uma forma de garantir uma segurança na circularização desses ativos.”

Uma das principais alterações nas garantias, sejam reais ou pessoais, é a possibilidade do registro de forma digitalizada. Carlos Augusto de Oliveira, CEO da CertDox e Diretor da ABFintechs, explicou que a regulamentação de crédito e suas garantias oferecem diversos benefícios para a instituição financeira.

“Uma garantia formalizada e digital elimina a burocracia, tornando a experiência mais ágil e segura. São ações que estão em andamento e trarão transformação e benefício a todas as pontas, do credor ao cliente”, ressalta Oliveira. “Entender a regulamentação agiliza o processo. O mercado imobiliário ainda é um pouco mais resistente ao aderir a essa modalidade, é um setor que tem apego ao cartório e ao papel.”

Felipe Bussinger Lopes, Chefe da Área de Produtos da Central de Recebíveis (CERC), destacou no painel os aspectos cruciais para agregar valor na concessão de crédito, como avaliação do ativo, controle de direitos e liquidação de valor. Para ele, o Registro de Crédito é essencial para aprimorar a qualidade e enriquecer as ofertas de crédito.

“A partir do momento que a gente agrega valor, que a gente tem aquele ativo bem avaliado isso reduz risco de um financiador ao conceder o crédito e aquele ativo, naturalmente, deixa de ser custo e passa a ser investimento. Ele está investindo em reduzir o risco, em oferecer mais créditos e, naturalmente, crescer”, explica Bussinger.

Renato Virches, CEO da VETERA e CorrectData, ressaltou a importância de avaliar todas as garantias e obrigações regulatórias. “A preocupação é garantir que todos aspectos possíveis dessa esteira sejam validados e analisados. Isso garante, obviamente, que o credor tenha uma segurança ao constituir aquela garantia em uma operação que está no papel, se é realmente o que foi visto, seja do ponto de vista documental ou do ponto de vista físico do bem. Além disso, também é uma análise crucial para o tomador”, finaliza Renato.

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