Retenção e atração de talentos ganham destaque, enquanto bem-estar e carreira perdem prioridade
A 30ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), que entrevistou 387 profissionais responsáveis pelo recrutamento em empresas de todo o Brasil, revelou as principais prioridades de gestão no início de 2025. O estudo destacou que a retenção de talentos tornou-se a maior preocupação dos gestores, seguida de perto por desafios relacionados à produtividade e à lucratividade.
No levantamento anterior, referente ao segundo semestre de 2024, a retenção de talentos ocupava o terceiro lugar no ranking de prioridades. Outro ponto de destaque foi a atração de profissionais, que subiu da sétima para a quarta posição entre os principais desafios. Em contrapartida, temas como bem-estar e carreira perderam relevância, caindo do quarto para o quinto lugar, e da sexta para a oitava posição, respectivamente.
“Não é surpresa que retenção e atração ganhem prioridade em um mercado de trabalho aquecido, com apenas 3% de desemprego entre profissionais qualificados. Nesse cenário de pleno emprego, as empresas enfrentam o assédio de outras organizações para reter seus melhores talentos enquanto competem para atrair novos profissionais. Isso exige estratégias claras por parte das lideranças”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
As 10 maiores preocupações dos gestores no início de 2025, segundo o ICRH:
- Retenção: não perder bons profissionais para o mercado (60%)
- Produtividade: cumprir obrigações de maneira mais eficiente (56%)
- Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos (54%)
- Atração: atrair profissionais adequados para a empresa (52%)
- Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida (42%)
- Remuneração: ter salários e benefícios competitivos (42%)
- Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor (35%)
- Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento (29%)
- Informações de mercado: impactos da política e economia nos negócios (24%)
- Modelos de trabalho: adaptar-se e evoluir no modelo adotado (21%)
“Os gestores desempenham um papel central na definição de prioridades e no engajamento das equipes. Empresas que combinam eficiência operacional, valorização de talentos e adaptação às mudanças tecnológicas têm maior potencial de atingir seus objetivos. Promover saúde mental, oferecer salários competitivos e criar oportunidades de crescimento são iniciativas indispensáveis em um mercado tão dinâmico quanto o atual”, conclui Mantovani.