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São Paulo apresenta tempo médio maior de descarregamento em 2023

São Paulo apresenta tempo médio maior de descarregamento em 2023 / Foto: Wynand van Poortvliet / Unsplash Images
Foto: Wynand van Poortvliet / Unsplash Images

Índice de Eficiência no Recebimento mostra que tempo médio de descarga foi de 3h44 em 2023, maior que o registrado em 2022

O Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), conduziu a pesquisa do Índice de Eficiência no Recebimento (IER), que avalia os processos, a infraestrutura e o tempo de descarregamento em diversos locais da Grande São Paulo com o intuito de analisar as condições que estejam de acordo com as necessidades do transportador.

Neste ano, por exemplo, o tempo médio de descarga foi de 3h44, maior que o registrado em 2022, quando o tempo foi de 3h06. Dentro da análise de 2023, o menor tempo apurado em uma descarga foi de 1h05, e houve outros centros que chegaram a descarregar em aproximadamente 10h05.

“Entre 2022 e 2023, tivemos uma diferença de  38 minutos, o que causa afeta muito a precificação por elevar os custos da hora parada, onerando o bolso do transportador em 20%. Isso interfere diretamente na produtividade de um veículo disponível, pois o transportador poderia estar realizando outras entregas”, comenta Serini.

No estudo, os centros Atacadistas apresentaram o melhor resultado, com uma média de tempo de descarga de 2h56 minutos. Em contrapartida, o Centro de Distribuição (CD) obteve média geral de pouco mais de cinco horas; outros segmentos estudados pelo IPTC foram home center e supermercado. Segundo Raquel Serini, economista e coordenadora de projetos do IPTC, há uma variação do tempo médio de descarga nos últimos dez anos.

O IPTC analisou cerca de 191 estabelecimentos de São Paulo, abrangendo regiões como a Grande São Paulo – onde situa-se a maior concentração de polos recebedores –, além de ABCD e do centro da cidade. O estudo contempla os setores atacadista, centros de distribuição, home centers e supermercados, onde estão concentrados 50% da amostra.

Os recebedores estudados para compor o índice também passam por um processo de avaliação, a partir do qual é possível conhecer as redes com maior eficiência no recebimento. O índice também avalia procedimentos e infraestruturas dos polos recebedores.

Neste ano, o Giga Atacado foi premiado como a melhor rede de distribuição e com o melhor IER. A rede apresentou IER inicial de 44,91% e 2h50 de tempo médio de descarga.  A rede Hirota Food Supermercados foi a empresa com maior evolução no ranking, chegando a subir cerca de 16 posições e passando do 18º lugar em 2022 para o 2º lugar em 2023.

A ferramenta tem auxiliado no aprimoramento do próprio recebedor de carga quanto ao tempo de descarga, como enfatiza Marinaldo B. Reis, diretor de Especialidade de Abastecimento e Distribuição do SETCESP. Segundo Reis, o IER foi criado considerando os desafios encontrados pelos transportadores com as descargas em grandes recebedores, com os grandes recebedores e com as operações de modo geral.

“O relatório apresenta o tempo médio e os desafios atuais que cada segmento possui. Assim, o estudo auxilia o  transportador a precificar essa operação de forma mais assertiva, levando em consideração a realidade do destinatário”, explica Reis.

Ele também aponta que a entidade possui projeção para dados de 2024, contando com maior aproximação com estabelecimentos. “Para o próximo ano, queremos retomar a aproximação com os recebedores e ampliar a amostra do estudo para fazer a pesquisa cada vez maior. Uma vez estando mais presente, conseguimos ter a oportunidade de discutir todas as boas práticas para melhorar o recebimento desses destinatários e, consequentemente, melhorar a operação dos transportadores que ali entregam, que é o nosso objetivo final”, finaliza Reis.

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