Ganhador do Prêmio Saúde Unidas 2025, estudo mostra queda nos custos quando compara APS com Saúde Integrativa no modelo per capita, com modelos tradicionais de remuneração por serviço, fee-for-service (FFS).
A Saúde Clara, rede que reúne em um único ambiente a Atenção Primária à Saúde (APS) com Saúde Integrativa, recebeu nessa 4ª feira, 5 de novembro, o 2o lugar no Prêmio Saúde Unidas 2025, que nesta edição trouxe como tema “Cuidado centrado no idoso: equilíbrio entre tecnologia e inovação”. A premiação aconteceu durante o 28o. Congresso Unidas, na cidade de Salvador, BA.
Reconhecido com o troféu prata, categoria não filiadas, o estudo Economia do Cuidado Integral: Análise de um modelo de atenção primária centrado no idoso, de autoria de Renata Muroya, diretora de Mercado da Saúde Clara, se concentra em uma das principais questões da saúde suplementar na atualidade: como manter aposentados e dependentes dentro da carteira e, ao mesmo tempo, conter a escalada de custos sem sacrificar acesso, engajamento e atendimento humanizado.
A partir da pergunta: “como incorporar tecnologias inovadoras com o cuidado centrado no idoso, sem tornar o plano impagável?”, Renata desenvolve a pesquisa com 373 idosos, que foram acompanhados por mais de três meses, comparando o investimento real em APS com Saúde Integrativa no modelo per capita, com o custo hipotético dos modelos tradicionais de remuneração por serviço, fee-for-service (FFS).
Renata diz que “a literatura internacional defende a Atenção Primária à Saúde (APS) como estratégia para reduzir internações evitáveis e melhorar coordenação do cuidado, mas no Brasil, esses modelos ainda são poucos, e investimentos em ações preventivas atingiram em 2024 o menor patamar da década”. Para ela, “sem APS estruturada, o idoso vaga num ‘shopping de especialidades’, multiplicando consultas, exames repetidos, internações com alto número de diárias e filas de pronto‑socorro”, afirma.
Os resultados obtidos pelo estudo demonstraram que o modelo APS de prática avançada com Saúde Integrativa proporciona economia média de 47% de saving entre idosos hiperutilizadores, sem prejuízo à qualidade do cuidado. “Esse achado reforça a alta resolutividade da APS quando combinada a tecnologias de monitoramento e intervenções humanizadas, uma vez que procedimentos preventivos e de saúde integrativa dentro da clínica suplantam a necessidade de atendimentos fragmentados no modelo fee-for-service”, conclui Renata.
O Prêmio Saúde Unidas busca reconhecer práticas que promovam qualidade assistencial, sustentabilidade e inovação na saúde suplementar, especialmente diante do avanço do envelhecimento populacional e dos desafios impostos às operadoras e profissionais da área.
Entre os critérios de avaliação foram considerados coerência e coesão, relevância do tema, metodologia, resultados, grau de inovação e clareza na redação. A comissão julgadora foi composta por especialistas em gestão, saúde pública, tecnologia e inovação.
