Especialista da Faculdade Santa Marcelina orienta pais sobre doenças respiratórias, sinais de alerta e cuidados essenciais com os pequenos nos meses frios
Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde das crianças precisam ser redobrados. O frio, o ar mais seco e a maior permanência em ambientes fechados favorecem a circulação de vírus respiratórios, deixando os pequenos mais vulneráveis a doenças. “O organismo infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, está em processo de desenvolvimento imunológico, o que os torna mais suscetíveis às infecções respiratórias”, explica Silvia Sanches Marins, professora do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.
Nessa época do ano, é comum o aumento de casos de resfriados, gripes, bronquiolite, pneumonia, otites e crises de asma. Entre os sintomas que exigem maior atenção estão: febre persistente por mais de 48 horas, dificuldade para respirar, chiado no peito, recusa alimentar e sonolência excessiva. “Os pais devem ficar atentos a sinais como respiração acelerada, prostração e recusa para se alimentar. Esses sintomas podem indicar complicações e exigem avaliação médica imediata”, alerta a especialista.
Além do reconhecimento dos sintomas, a prevenção é uma aliada fundamental. Medidas simples no dia a dia podem fazer grande diferença. “Lavar as mãos com frequência, evitar contato com pessoas gripadas e manter os ambientes ventilados são ações eficazes na redução da transmissão de vírus”, orienta a professora. Ela também destaca a importância de evitar o uso excessivo de aquecedores, que ressecam o ar e irritam as vias respiratórias, e de utilizar umidificadores com cautela para evitar o acúmulo de mofo.
A vacinação é outro ponto essencial nessa época do ano. “Manter o calendário vacinal atualizado, principalmente com as vacinas contra gripe e pneumococo, é uma das principais estratégias para reduzir o risco de infecções respiratórias graves”, reforça Silvia. Ela recomenda ainda a prática da lavagem nasal com soro fisiológico, especialmente em bebês e crianças pequenas, para aliviar sintomas de congestão e prevenir o acúmulo de secreções.
Segundo a especialista, a alimentação e a hidratação adequadas também desempenham um papel importante na prevenção. “Oferecer uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e proteínas magras, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico. Nutrientes como as vitaminas A, C e D, além de ferro e zinco, são fundamentais para a saúde da criança”, afirma. A ingestão de líquidos, mesmo nos dias frios, é igualmente necessária. “Ambientes secos prejudicam a função das mucosas respiratórias. Incentivar a ingestão de água, sucos naturais e caldos ajuda a manter a hidratação e a proteção natural contra vírus e bactérias”, complementa.