Está marcada para esta terça-feira (16) a segunda sessão do seminário internacional promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para apresentar a Estratégia Rotas de Integração Nacional a representantes de países parceiros. O programa atua na promoção do desenvolvimento das regiões e no fortalecimento das cadeias produtivas locais. O encontro, que será aberto e não precisa de inscrição prévia, ocorrerá por meio da plataforma Zoom e os interessados podem acessar neste link.
É esperada a participação de representantes de Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, República Dominicana e México.
“Essa plataforma foi construída para alavancar a Estratégia Rotas de Integração Nacional. Ela concentra informações sobre as Rotas e os polos, o que é produzido, os dados de quem produz e leva para todo o País a oportunidade de inclusão nesses sistemas produtivos”, destaca a secretária nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Sandra Holanda.
A Plataforma Rota-S foi desenvolvida a partir de uma parceria entre o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), organismo multilateral ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O portal pode ser acessado nesta página. Também há uma versão para smartphones, que está disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos com o nome Rotas de Integração Nacional.
Quem acessar a página ou o aplicativo da Rota-S vai encontrar dados como os tipos de Rotas existentes, os polos que já estão em funcionamento por todo o País e quais cidades integram cada unidade. Também é possível conhecer um breve histórico de cada cadeia produtiva apoiada pela Estratégia e fazer um cadastro de produtos e do produtor. Nesta última etapa, o produtor deve informar a Rota de que faz parte, qual polo integra e inserir dados da empresa.
Rotas de Integração Nacional
As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Buscam promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.
Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Além dos milhares de pequenos produtores familiares beneficiados com a geração de emprego e renda, as Rotas contribuem na produção de alimentos regionais de qualidade e a preços acessíveis. Estima-se que nos últimos anos foram produzidos mais de 1,5 milhão de litros de leite e derivados nos polos da Rota do Leite; cerca de 157 mil toneladas de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau; 161 toneladas de açaí; 940 toneladas de mel e derivados; 1,2 milhão de toneladas de frutas diversas pela Rota da Fruticultura.
Já a Rota do Cordeiro, a estimativa é de um rebanho de 14 milhões de cordeiros e na do peixe, 841 mil toneladas. Há, ainda, os produtos provenientes da biodiversidade, que somam cerca de 22 de toneladas.
Programação
A partir das 9h30, haverá uma apresentação técnica sobre a experiência da criação da Rota do Mel, abordando o mecanismo de definição de uma Rota, como encontrar os produtores, a criação do Comitê Gestor dos polos e como eles devem alimentar a Plataforma Rota-S.
Em seguida, será a vez dos produtores aprenderem as funcionalidades da ferramenta, as informações que podem ser adicionadas ao sistema e as facilidades de acesso, tanto pelo computador quanto pelo aplicativo.
Também serão apresentadas mais duas experiências de sucesso: do polo da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Ride-DF) da Rota da Fruticultura, que também engloba produtores de cidades próximas de Goiás e de Minas Gerais; e do Polo Apícola do Norte de Minas da Rota do Mel.
Os participantes receberão certificados. Para receber o seu, cadastre-se.
O Seminário é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS) e o Instituto Avaliação.
Programação completa
9h-9h30 – Abertura da sala
9h30-9h50 – Fala de boas-vindas
9h50-10h20 – Plataforma Rota-S por dentro: a experiência de criação da Rota do Mel (coordenador de Geoinformações do MDR, Samuel Menezes de Castro)
10h20-10h40 – Debate
10h40-11h00 – Plataforma Rota-S por dentro: como alimentar o sistema produtor (coordenador da Rota da Economia Circular, Luiz Paulo de Oliveira)
11h-11h15 – Caso de sucesso no Brasil: Polo de Fruticultura da Ride-DF (coordenador do polo, Luiz Curado)
11h15-1130 – Caso de sucesso no Brasil: mel de aroeira: do Brasil para o Mundo (Alex Demier, analista em desenvolvimento da Codevasf em Montes Claros-MG)
11h30-11h40 – Debate
11h40-11h50 – Expectativas de diálogo internacional com a Plataforma Rota-S (diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Francisco Soares)
11h50-12h – Expectativas de diálogo internacional com a Plataforma Rota-S (parceiros internacionais)
12h-12h10 – Encerramento