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Seguradoras desenvolvem ferramenta para mensurar riscos climáticos

Ana Paula Almeida Santos, diretora da Superintendência de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg / Foto: Divulgação
Ana Paula Almeida Santos, diretora da Superintendência de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg / Foto: Divulgação

Heat Map vai permitir detectar áreas mais sujeitas a sofrer com impactos ambientais

Até o final do primeiro semestre de 2023, as seguradoras brasileiras irão finalizar um projeto que visa desenvolver ferramentas para mapear os riscos climáticos em todos os estados, incluindo um mapa de calor (Heat Map) que irá medir a exposição brasileira a 12 riscos climáticos físicos.  

Desenvolvido inicialmente em âmbito global pela United Nations Environment – Programme Finance Initiative (UNEP- FI), braço financeiro da ONU para questões climáticas, o Heat Map passará a ser aplicado no Brasil por iniciativa da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). 

“A ferramenta, já utilizada em países da Europa e nos Estados Unidos, será adaptada para o cenário de riscos brasileiro. O Brasil foi o país escolhido para essa adaptação devido ao protagonismo do setor de seguros em questões ASG na região, pelas dimensões continentais e também porque a CNseg assumiu o compromisso de conduzir os estudos e procedimentos para agilizar essa implantação”, explica Ana Paula Almeida Santos, diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg.

As seguradoras poderão avaliar os estados e capitais mais impactadas pelos seguintes riscos: ondas de calor e de frio, secas, mudanças crônicas de temperatura, enchentes fluviais, costeiras e urbanas, aumento do nível do mar, estresse hídrico, variabilidade sazonal, intensidade do vento e incêndio. Quanto à intensidade, o impacto de cada um dos riscos nos estados e nas capitais poderá ser classificado como: alto, médio, baixo ou indeterminado. 

“O Heat Map oferece uma visão simplificada da exposição geográfica brasileira, considerando dois cenários climáticos, aumento de 2ºC e de 4ºC, e dois horizontes temporais distintos, 2030 e 2050. A ferramenta é importante para a sociedade porque ajuda seguradoras, bancos, empresas, autoridades e poder público a melhor gerenciar riscos, protegendo pessoas e patrimônio público e privado contra os efeitos econômicos negativos causados pelas mudanças climáticas, seja por meio da criação de novos produtos ou serviços por parte do mercado, seja por meio da adoção de medidas e políticas públicas preventivas a desastres climáticos por autoridades e governo”, avalia Ana Paula.  

Desde 2012, a CNseg é uma das signatárias dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI), estabelecidos pela Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-FI) em parceria com a indústria global de seguros. Os PSI são um conjunto de diretrizes para serem utilizadas como referência mundial ao mercado segurador no tratamento de riscos e oportunidades relacionados a questões ASG. 

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