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Seguradoras são essenciais para a infraestrutura do Brasil, diz Dyogo Oliveira

Presidente da CNseg participou de painel sobre oportunidades de financiamentos para infraestrutura em evento do LIDE em Washington

“O problema não é que o Brasil faz as coisas erradas, mas demora para fazer as coisas certas”. A fala do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, foi citada durante o Brazil Development Forum do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), promovido nesta sexta-feira (01), em Washington. Na ocasião, o executivo falou aos mais de 135 empresários e autoridades brasileiras e estadunidenses sobre a importância do setor de seguros para o desenvolvimento da infraestrutura nacional, bem como fez uma reflexão sobre o sistema financeiro brasileiro.  Este foi o sétimo evento internacional do Lide em 12 meses e teve como tema central o “Potencial de Investimentos Multilaterais no Brasil”.

Na apresentação, Oliveira citou, como exemplo, o projeto que começará a ser discutido na próxima semana, dia 6 de setembro, com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que trata de um conjunto de seguros adaptados para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que poderão ser utilizados para outras iniciativas.

O presidente da CNseg compôs a mesa “Oportunidades de Financiamentos para Infraestrutura e Serviços Públicos nos Estados e nos Municípios Brasileiros” ao lado de Luis Alberto Moreno, diretor da Allen & Company e ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Manuel Reyes-Retana, diretor Regional para o Brasil, Equador, Peru, Bolívia e Cone Sul do International Finance Corporation (IFC); de Roberto Giannetti Da Fonseca, economista e membro do board do LIDE; e de Carlos José Marques, presidente do LIDE Conteúdo.

Ao iniciar a moderação, Giannetti sinalizou sobre a importância de a indústria de seguros desenvolver um produto específico para proteger as empresas dos riscos cambiais, o que dará segurança aos financiamentos estrangeiros. Sobre o tema, o presidente da Confederação informou que, embora não seja simples a criação desta modalidade, vai trabalhar no assunto, porque entende que as variações cambiais brasileiras ainda afastam os investidores. “Há avanços que precisamos fazer e criar mecanismos mais adaptados para projetos mais sofisticados, mas o mercado segurador tem desenvolvido instrumentos necessários para acompanhar esse desenvolvimento nacional”.

Outros temas discutidos

Durante o debate, foi citada a importância dos investimentos em parcerias público-privadas (PPPs) e os investimentos em ESG.  Oliveira informou que existem dois universos quando se fala em PPP, segmentando o que se trata de investimento dos estados e municípios e o que seria investimento na infraestrutura do país de forma privada. 

“Temos uma história de construção de sucesso das parcerias público-privadas, concessão e ampliação da participação privada, então as experiências estão aí para usarmos e repetirmos. Vimos que há uma oferta de recursos vultosa de bancos nacionais e internacionais para esses projetos. Além disso, ficou evidente uma disposição de ampliar esses recursos e de disponibilizar mais instrumentos de apoio técnico e financeiro para os estados e municípios”, ressaltou Oliveira.

Já Moreno, em sua explanação, sinalizou da necessidade de os projetos estarem aderentes às questões de ESG. “Não é somente construir a infraestrutura, mas pensar na sinergia dos projetos. Cada vez mais os financiadores, como a sociedade como todo, exigem projetos que cumpram a meta de ESG”.  Neste tópico, Reyes-Retana informou que o IFC tem o objetivo de investir agressivamente no Brasil, usando como base os pilares de mudanças climáticas, produtividade e inclusão. “Queremos continuar ajudando os estados e os municípios brasileiros mobilizando os recursos no setor privado, mas também queremos apoiar no desenho e na preparação de projeto”. Isso se aplica a todos os investimentos que fazemos, atendendo um ou todos esses pilares.

Fundado no Brasil, em 2003, o Lide é uma organização que reúne executivos dos mais variados setores de atuação em busca de fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança nas esferas pública e privada. Presente em cinco continentes e com mais de duas dezenas de frentes de atuação, o grupo conta com unidades regionais e internacionais com o propósito de potencializar a atuação do empresariado na construção de uma sociedade ética, desenvolvida e competitiva globalmente.

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