Especialista no setor apresenta alternativa para quem deseja manter seu legado para potencializar doações
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a procura por apólices de seguro de vida aumentou consideravelmente nos últimos dois anos, com um crescimento de 29% em 2021 e 17,8% em 2022. Entre as principais causas, estão o aumento do empreendedorismo no País e a facilidade de adesão deste tipo de apólice.
O Seguro de Vida é um instrumento ímpar de proteção e alavancagem financeira, sendo um componente essencial dentro de um planejamento financeiro e sucessório, pois, o que muitos não sabem é que ele pode beneficiar, também, instituições sem fins lucrativos, por exemplo, pessoas de alta renda que se preocupam em deixar um legado para a sociedade, vem utilizando este tipo de apólice para garantir que determinada Instituição seja perene no caso de falecimento do filantropo.
De acordo com o especialista Luiz Eduardo Halembeck, sócio fundador do Grupo Halembeck Seguros, a apólice de seguro de vida pode ser uma forma inteligente de apoiar instituições sem fins lucrativos. “Isso pode ser feito no momento de contratar o seguro, designando a entidade beneficiária e evitando que a responsabilidade pela continuidade do auxílio seja transmitida para herdeiros com outros interesses”, afirma.
O benefício de usar o Seguro de Vida como uma forma de deixar um legado é que a indenização paga à Instituição não afetará a distribuição dos bens do segurado entre seus herdeiros. O montante do seguro é pago diretamente à organização, sem passar pelo inventário ou pelo processo de partilha. Além disso, a doação pode ser planejada de forma a evitar ou minimizar os impostos que seriam cobrados sobre a herança.
Para uma ONG, ou instituição sem fins lucrativos receber uma doação de um Seguro de Vida pode ser uma forma importante de garantir a continuidade de suas atividades e, tais recursos, podem ser usados para financiar projetos, investir em infraestrutura ou aumentar a capacidade de atendimento da organização. “A doação também pode ser usada como um incentivo para angariar mais recursos, já que outras pessoas podem se sentir inspiradas a seguir o exemplo do segurado e também optar por deixar um legado para a sociedade. Trata-se de uma forma de unir a proteção financeira do segurado à solidariedade e ao comprometimento com a comunidade. Ao escolher essa opção, o filantropo pode ter a tranquilidade de que, mesmo após sua morte, sua influência positiva na sociedade continuará a se manifestar”, finaliza Luiz.