Com o aumento do movimento, cresce também o risco de acidentes e prejuízos; especialistas alertam para a importância da revisão das coberturas
Com o fim do ano se aproximando, bares e restaurantes de todo o país se preparam para um dos períodos mais movimentados do calendário. Confraternizações, festas de empresa e encontros familiares lotam os estabelecimentos — e, junto com o aumento do consumo, cresce também a exposição a riscos operacionais e de responsabilidade civil.
De acordo com Pedro Nardelli, representante do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), a contratação ou revisão do Seguro Empresarial e das coberturas de Responsabilidade Civil é fundamental para garantir tranquilidade e estabilidade financeira aos empresários do setor gastronômico.
“O fim de ano é um período de grande movimento, e qualquer imprevisto pode resultar em prejuízos significativos, tanto financeiros quanto de imagem. O seguro é uma ferramenta estratégica de proteção e continuidade dos negócios”, explica Nardelli.
Riscos aumentam com o movimento
Durante o período de festas, os bares e restaurantes enfrentam riscos variados: acidentes com clientes em pisos molhados, intoxicação alimentar, queimaduras provocadas por líquidos quentes e até danos materiais, como manchas em roupas ou colisões em estacionamentos com serviço de manobrista. Essas situações podem gerar ações judiciais e indenizações que comprometem a saúde financeira do negócio, tornando o seguro de Responsabilidade Civil Operações indispensável.
“Esse tipo de cobertura garante o reembolso das indenizações e das custas processuais decorrentes de danos causados a terceiros durante a atividade do estabelecimento”, detalha o representante.
Proteção também para o que é servido
No setor de alimentação, a Responsabilidade Civil Produtos é outra cobertura essencial. Ela protege o empresário em casos de intoxicação alimentar ou danos à saúde decorrentes do consumo de alimentos e bebidas servidos no local.
Nardelli destaca ainda a importância de incluir cobertura para danos morais, especialmente em situações de constrangimento público, que podem gerar processos mesmo sem prejuízo físico ao cliente.
Casos recentes de contaminação em bebidas e alimentos industrializados reforçam a necessidade de proteção contra riscos que podem afetar tanto o caixa quanto a reputação da marca.
Mais funcionários, mais atenção
O aumento da contratação de trabalhadores temporários e a realização de eventos corporativos também ampliam os riscos de acidentes e falhas operacionais. Por isso, a recomendação é revisar os limites de indenização e garantir a inclusão da Responsabilidade Civil Empregador, que ampara o negócio em caso de acidentes envolvendo colaboradores.
“O seguro precisa acompanhar o volume de operações. Com mais funcionários e clientes, o risco aumenta, e as coberturas devem refletir essa realidade”, alerta Nardelli.
Sem seguro, prejuízo pode ser irreversível
Operar um restaurante sem seguro durante o período de alta demanda pode ser um erro fatal. Um incêndio, uma pane elétrica ou um simples acidente com cliente pode gerar perdas que ultrapassam a capacidade financeira do negócio. Além das coberturas de responsabilidade civil, o Seguro Empresarial também protege contra incêndios, quedas de raios, explosões, danos elétricos, vendavais, granizo e quebra de vidros ou louças, incidentes comuns em estabelecimentos com grande circulação.
“O seguro não é apenas uma exigência contratual, mas um instrumento de gestão inteligente, que garante a continuidade das operações mesmo diante de imprevistos”, conclui Nardelli.
