Seguro para testes clínicos: proteção indispensável em estudos com seres humanos

Seguro para testes clínicos: proteção indispensável em estudos com seres humanos / Foto: CDC / Unsplash
Foto: CDC / Unsplash

Nos últimos anos, as pesquisas clínicas têm crescido significativamente no Brasil. Com isso, aumenta também a responsabilidade das instituições e empresas que conduzem estudos com seres humanos — seja no desenvolvimento de novos medicamentos, vacinas ou dispositivos médicos.

Nesse contexto, o seguro para testes clínicos surge como um elemento indispensável. Mais do que um requisito legal, ele representa um compromisso com a ética, a segurança dos voluntários e a continuidade das pesquisas. Afinal, proteger vidas deve estar no centro de qualquer avanço científico.

O que é o seguro para testes clínicos?

Trata-se de um seguro específico, voltado para cobrir danos causados a voluntários durante a condução de estudos clínicos. Ele é obrigatório segundo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs), e deve estar vigente antes mesmo da aprovação final para início da pesquisa.

Este seguro cobre tanto efeitos adversos relacionados ao produto testado, como complicações inesperadas, quanto eventuais consequências mais graves, como invalidez ou óbito do participante, por exemplo. 

Principais coberturas

O seguro para testes clínicos pode variar conforme a apólice contratada, mas geralmente contempla:

  • Despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas em caso de reações adversas.
  • Indenização por invalidez permanente ou morte acidental decorrente do estudo.
  • Cobertura retroativa, caso o participante já tenha iniciado o estudo antes da formalização da apólice.
  • Responsabilidade civil do patrocinador e/ou do centro de pesquisa, cobrindo eventuais ações judiciais.

Essas coberturas asseguram que o voluntário tenha assistência plena e que o projeto de pesquisa não seja interrompido por questões legais ou financeiras.

Quem precisa contratar esse seguro?

A contratação do seguro é obrigatória para:

  • Laboratórios farmacêuticos e biotecnológicos;
  • Universidades e centros de pesquisa;
  • Patrocinadores de estudos clínicos;
  • CROs (Organizações de Pesquisa Clínica) responsáveis pela condução técnica e regulatória dos estudos.

O seguro se aplica a estudos de fase I, II, III e IV, abrangendo desde os primeiros testes em humanos até os estudos pós-comercialização.

O papel do corretor e da seguradora especializada

Cada pesquisa clínica tem suas particularidades técnicas, sanitárias e éticas, por isso o papel do corretor de seguros é essencial. Cabe a ele avaliar os riscos específicos do estudo, indicar cláusulas obrigatórias e sugerir coberturas adicionais que atendam às exigências dos Comitês de Ética.

Além disso, muitas vezes é necessário que a apólice seja traduzida e adaptada para que o comitê aprove a documentação. Contar com uma seguradora especializada neste tipo de seguro faz toda a diferença, garantindo agilidade, conformidade regulatória e proteção adequada para todos os envolvidos.

Compromisso com a ética e a segurança

O seguro para testes clínicos é muito mais do que uma formalidade: ele representa respeito à vida humana, resguardo jurídico para as instituições e fomento ao avanço responsável da ciência.

Se queremos que a pesquisa no Brasil continue crescendo de forma ética e segura, o seguro deve ser encarado como parte integrante do processo científico, e não como um custo extra. Afinal, é com proteção que a ciência avança, não é mesmo? 

Quer saber mais sobre seguros especializados? Continue acompanhando o Universo do Seguro para mais artigos, análises e novidades do setor.

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