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Seguros crescem no Brasil, mas ainda há muito a ser explorado para atender o mercado e contribuir para o desenvolvimento do país

João Géo Neto, CEO da Pottencial Seguradora
João Géo Neto, CEO da Pottencial Seguradora

Confira artigo de João Géo Neto, CEO da Pottencial Seguradora

O mercado de seguros está em crescimento no Brasil, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o setor fechou o ano de 2024 com expansão de 12,2% em relação a 2023. Para este ano, segundo projeções da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a alta deve ser de pelo menos 10%. De fato, trata-se de um cenário bastante positivo e promissor que representa também uma oportunidade estratégica para seguradoras e corretores.

Apesar do constante crescimento, esse é um dos ramos da economia que demonstra grande potencial de expansão no Brasil. Cada vez mais a população brasileira se depara com eventos que levam a pensar sobre a relevância do seguro, como a pandemia, catástrofes naturais, crises econômicas e até mesmo mudanças no cenário geopolítico mundial aumentam a percepção da necessidade de proteção das pessoas, dos patrimônios e claro, dos projetos e negócios. Atualmente, o mercado segurador representa aproximadamente 6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a CNseg, mas ainda está abaixo de países como Estados Unidos, Coreia do Sul, Inglaterra e Dinamarca, em que o segmento supera os 10%, conforme dados do Swiss Re Institute. Ainda segundo a Susep, apenas 20% da população brasileira contrata alguma modalidade de seguro.

Para esse cenário cultural se transformar, é fundamental popularizar e desburocratizar os seguros e essa responsabilidade deve ser compartilhada entre órgãos reguladores, segurado ras e corretores de seguros.

De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Brasil conta atualmente com cerca de 125 mil corretores de seguros registrados, que respondem por aproximadamente 80% das vendas de apólices a pessoas físicas e jurídicas.

Da mesma forma que as seguradoras não podem ficar paradas no tempo e precisam estar antenadas às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes, os corretores de seguros também vêm se adaptando às novas tecnologias e ao seu novo papel, que passa de “vendedor/intermediário” para consultor digital e facilitador humano do processo, principalmente com a chegada da IA em diversos tipos de processos da contratação de seguros, dá precificação ao sinistro.

Os corretores, assim como as seguradoras, precisarão se alinhar também ao novo ambiente regulatório, que vem sendo moldado pelo Novo Marco Legal dos Seguros (Lei 15.040/24). Essa atualização representa um passo importante para modernizar e simplificar as regras do setor, trazendo mais transparência, previsibilidade jurídica e estímulos à concorrência. Entre os principais avanços estão a uniformização das normas contratuais, a redução da judicialização e a criação de condições mais claras para a inovação e o desenvolvimento de produtos sob medida. Com um ambiente regulatório mais estável e moderno, o setor ganha fôlego para expandir sua base de clientes e atrair novos investidores interessados em atuar em um mercado com segurança jurídica e potencial de crescimento.

Essa modernização institucional se soma à transformação digital e ao novo perfil dos profissionais do setor, criando as bases para um ecossistema de seguros mais acessível, dinâmico e inclusivo. Em vez de um produto distante e burocrático, o seguro passa a ser percebido como uma ferramenta de estabilidade econômica e de desenvolvimento social.

De fato, o seguro é um instrumento essencial para o crescimento sustentável do país. Ao proteger pessoas, empresas e patrimônios contra imprevistos, ele reduz riscos, viabiliza investimentos, incentiva o empreendedorismo e garante continuidade a atividades produtivas, fatores fundamentais para o avanço econômico. Além disso, o setor de seguros tem papel relevante na formação de poupança interna e na alocação eficiente de recursos, já que grande parte dos prêmios arrecadados é aplicada em títulos públicos e projetos de infraestrutura. Ou seja, o seguro não apenas protege o que já existe, mas ajuda a construir o que ainda está por vir.

Portanto, o crescimento do mercado segurador brasileiro, aliado à entrada de novas tecnologias, à adaptação dos corretores e ao Novo Marco Legal, representa mais do que uma evolução setorial: é uma oportunidade de transformar o seguro em protagonista do desenvolvimento do Brasil, um país mais resiliente, seguro e preparado para o futuro.

 

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