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Seguros geram “ciclo de prosperidade” para a sociedade, destaca superintendente da Susep

Alessandro Octaviani, superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep) / Foto: William Anthony / Divulgação
Alessandro Octaviani, superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep) / Foto: William Anthony / Divulgação

Mais de 1 mil pessoas acompanharam a edição 2023 do Insurtech Brasil, em São Paulo

Com o tema “O Futuro do Mercado de Seguros”, mais de 1 mil pessoas acompanharam a edição 2023 do Insurtech Brasil. Realizado na cidade de São Paulo, o evento apresentou a visão de mais de 70 especialistas sobre a inovação no mercado brasileiro de seguros.

O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, destacou durante a palestra de abertura a correlação entre a inovação tecnológica e o desenvolvimento do ecossistema de seguros e da economia nacional como um todo. “Temos um ordenamento jurídico com um comando muito claro: o Brasil precisa ser um país inovador tecnologicamente, fomentando a criação de autonomia tecnológica”, disse o superintendente ao citar os 300 anos do filósofo e economista escocês Adam Smith, importante nome do liberalismo econômico.

Segundo Octaviani, as nações que conseguem ter programas bem estruturados de inovação tecnológica se movem na escala da inovação no trabalho. “Na Susep, temos todos os dias que aplicar um ordenamento que empurre o Brasil para um caminho de maior inovação tecnológica. O sistema financeiro precisa se estruturar para fomentar o desenvolvimento nacional. Essa inovação tecnológica tem que cruzar com as políticas de desenvolvimento nacional”, mencionou.

Público acompanhando o Insurtech Brasil 2023
Público acompanhando o Insurtech Brasil 2023

Ciclo de prosperidade para todos

Para o superintendente da Susep, existem três eixos específicos de atuação para impulsionar a inovação tecnológica e fomentar o desenvolvimento nacional: transição ecológica, riscos tecnológicos e o acesso aos seguros. “Os recursos são escassos e precisamos definir eixos específicos de atuação. Temos um imenso desafio mundial e, nacionalmente, contamos com programas vocacionados para isso”, afirmou ao enfatizar a importância de contar com a parceria do Tesouro Nacional, com agentes como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Fazenda, por exemplo.

Além disso, Octaviani analisou como novas soluções podem solucionar pequenas dores da cadeia de seguros e suas respectivas necessidades. “Podemos ter empresas com alta capacidade tecnológica de responder aos desafios atuais. Há muita demanda por soluções que tenham tecnologia agregada. Por isso, a Susep tem olhado para este segmento específico do mercado com atenção e, também, muito carinho. Podemos, junto aos poderes públicos, representar um fator de propulsão do mercado, indo além de ser um agente de fiscalização”, destacou.

Alessandro Octaviani demonstrou como a Susep pode atuar de forma positiva e propositiva para o desenvolvimento do mercado de seguros. “A Susep tem muito a contribuir e as insurtechs trazem possibilidades muito relevantes, ao analisarmos os dilemas e problemas do Brasil”, ponderou ao manifestar a importância de se trabalhar os riscos cibernéticos e o uso de big data. “A questão dos riscos cibernéticos está colada na segurança econômica nacional, ainda não falamos sobre isso como deveríamos. Precisamos atuar na busca de soluções para proteção do mercado nacional, promovendo segurança para o País como um todo”, complementou.

O atual titular da Susep, Alessandro Octaviani, e seu antecessor, Alexandre Camillo
O atual titular da Susep, Alessandro Octaviani, e seu antecessor, Alexandre Camillo

Cuidado com as pessoas

O superintendente da Susep citou a tragédia no litoral de São Paulo ao abordar a importância do cuidado com as pessoas. “O Estado serve para cuidar de gente. Quando vemos a quantidade de brasileiros que não têm acesso ao seguro, estamos falando sobre o maior potencial entre as economias para os mais distintos tipos de ofertas de produtos securitários”, mencionou.

Octaviani questionou, ainda, como encurtar a distância entre os produtos e o consumidor, de modo a facilitar seu acesso às soluções de seguros. “Essa é uma questão frequente entre os operadores do setor”, argumentou ao citar o papel dos microsseguros para cumprir este objetivo. “Precisamos, entretanto, manter a qualidade”, complementou.

Para Alessandro Octaviani, a geração de um ciclo de consumo de soluções em seguros é fundamental para gerar um “ciclo de prosperidade para todos”. “Precisamos olhar para os grandes desafios, solucionando grandes problemas. Assim, a sociedade vai enxergar muito valor, com o setor de seguros auxiliando na construção da infraestrutura nacional e isso significa, todavia, resolver os grandes problemas estruturais do Brasil oferecendo bons produtos para os consumidores, gerando novas expansões e zelando pelo mercado de seguros, de ponta a ponta”, acrescentou.

Para onde vamos agora?

Apontando os caminhos do futuro, o superintendente da Susep rememorou as edições passadas do Sandbox Regulatórios. “Tivemos diversos acertos, mas também algumas limitações. Queremos reforçar esses acertos, entender nossas limitações e compreender como consertas essas trajetórias para que o Sandbox continue a ser um insuflados de empresas em nosso setor”, considerou. “Queremos que o caminho da sociedade brasileira seja o mais digno possível. Contem com a Susep como parceira para a construção de um novo patamar na economia brasileira”, concluiu ao agradecer a abertura do diálogo com o mercado de seguros através do encontro.

Negócios e Networking

Outro ponto relevante do Insurtech Brasil 2023 tem sido o fomento de novos negócios e networking. “Este é um momento muito importante do ciclo de inovação, de peneirar aquilo que realmente irá funcionar. Geralmente, as soluções que resolvem as dores dos clientes são as que permanecem”, revelou José Prado, CEO do Insurtech Brasil, ao abordar o atual cenário econômico mundial. “A expansão do mercado de seguros será feita em diversas frentes. Por isso, destacamos todos os canais de distribuição, indo além da corretagem de seguros”, finalizou.

José Prado, CEO do Insurtech Brasil
José Prado, CEO do Insurtech Brasil

O Insurtech Brasil 2023 contou com o apoio da Icatu Seguros, Sensedia, Neoway, BB Seguros, Sem Parar, Mapfre, eBaoTech, Sompo Seguros, idwall, Tivit, IZA, Teros, Akad Seguros, ITG, OutSystems, add, EZZE Seguros, Capgemini, TecBan, Marsh McLennan, Guy Carpenter, Picktow, Meu Pet Club, Suthub, Cm.com Brasil, Alper Seguros, Confitec, Assurant, Chubb e Naapi.

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