Confira artigo inédito de Sérgio Ribeiro, colunista do Universo do Seguro
O mercado de seguros vive se reinventando ano após ano, seja na criação de novos produtos, assistências a partir de novas necessidades tecnológicas, comportamentos dos clientes, especialmente, aqueles que influenciam diretamente a sua vida e o seu bem-estar diário. A expansão de grandes ecossistemas, capacitação, inteligência de dados, abertura de novos de canais distribuições, parceiras com grandes varejistas, ademais, notamos uma resiliência incrível para se ajustar aos fatores catastróficos sejam os climáticos, pandêmicos e até mesmo aquelas grandes ocorrências e acidentes.
Fato que o setor de seguros está sempre ao lado das incertezas nesse volátil e complexo mundo em que vivemos.
Estar atento aos movimentos e agir com tempestividade, visando encontrar formas e caminhos para enfrentar os riscos e oportunidades, é o grande desafio.
Entre as mudanças que irão acontecer no próximo ano, podemos citar o Seguro Agrícola (novos produtos, assistências, serviços) voltados para produtores, pessoa física ou jurídica, uso de novas tecnologias e inteligência artificial, consumo massivo de informações para ampliação das análises visando uma melhor subscrição, mitigações de riscos e, óbvio, melhores condições para os clientes a partir de uma análise e precificação detalhada, personalizada e individualizada.
De outro lado, o acesso, a preservação, utilização e o compartilhamento dos dados individuais continuam sendo uma das maiores dificuldades para as organizações à frente do tratamento dos dados, automatização, acessibilidade e governança.
De forma geral, continuaremos observando grandes movimentos de investimento em tecnologia, inovação, transformação, aqui a superação é fortalecer organizacionalmente, em todos os níveis, a cultura, o engajamento e incentivos para os colaboradores, bem como, estabelecer patrocinadores para desenvolvimento e acompanhamento dos entregáveis, ainda, viabilização de novos negócios, melhorar a experiência, jornada dos clientes e distribuidores, intensificar melhorias no marketing digital, acentuar o atendimento digital, físico mirando maior acessibilidade e disponibilidade resolutiva e efetiva e, mais do que nunca, criar mecanismos organizacional que monitorem, transversalmente, e, intensifiquem ações que visem o respeito ao consumidor e aos clientes, os quais, não toleram mais abusos indiscriminados.
Outro tema em destaque e que ainda oneram muito os resultados e com isso condicionam os aumentos dos prêmios para os consumidores, são as fraudes. Reforçar os mecanismos e agregar tecnologia para diminuir, na entrada, as tentativas de fraudes é sempre fundamental tendo em vista que parte dos resultados ainda são impactados por tais tentativas.
Já a centralidade no cliente virá mais densamente com a finalidade de expandir a carteira dos produtos, criando plataformas para poder trazer mais os Parceiros, Corretores de Seguros e assim fidelizar cada vez mais os clientes.
Para finalizar é importante frisar que também irá acontecer a proliferação da distribuição via insurtechs, já que algumas seguradoras ainda vão carregar problemas estruturais e perderão força, pois o ciclo de amadurecimento do setor de insurtechs avança e chega rapidamente onde as grandes Companhias com estruturas mais enrijecidas ainda tem dificuldades de ampliar a sua penetração, distribuição, atendimento em sua base potencial.