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Sérgio Ribeiro: Setor de seguros contou com diversos casos bem-sucedidos em 2022

Sérgio Ribeiro, Colunista do Universo do Seguro / Divulgação
Sérgio Ribeiro, Colunista do Universo do Seguro / Divulgação

Colunista do Universo do Seguro analisa acontecimentos do mercado no ano passado e projeta tendências para 2023

O mercado de seguros viveu diversas mudanças em 2022, principalmente, pela era pós pandêmica. Durante o ano passado, diversas seguradoras e companhias de seguros lançaram produtos e ampliaram seus portfólios com a finalidade de aumentar o número de vendas e fidelizar mais clientes na sua base. Com essas inovações, os corretores de seguros puderam ampliar a sua carteira e fazer networking dentro do mercado de seguros.

Entre as seguradoras que buscaram aumentar as suas vendas durante o ano, podemos citar a Porto, que pensando nos motoristas que não podem pagar o preço de um seguro de carro tradicional, lançou o Azul Seguro Auto por Assinatura. A Bradesco Seguros também quis inovar em 2022 e investiu no Top Club Bradesco, um seguro de vida que conta com assistência veterinária para cães e gatos.

Na SulAmérica, o ano foi de consolidação do posicionamento de Saúde Integral, que busca o equilíbrio entre saúde física, emocional e financeira. Na companhia, foi ampliado o uso da tecnologia para acesso à saúde com diversos lançamentos, tanto de produtos e serviços como de canais de comunicação.

Além disso, o VTEX Insurance lançou seguros para produtos adquiridos no e-commerce em jornada única para o consumidor e a custo zero para os varejistas.

Os investimentos, desenvolvimentos e movimentos também devem permear 2023.

A expectativa é que surjam novos produtos, canais, competidores, ferramentas e novas formas de inovação e transformação no mercado de seguros.

O que podemos esperar para 2023?

Fato que o mercado de seguros vem sofrendo diversas mudanças no decorrer dos anos, especialmente, diante da pandemia. Uma das principais esperanças do setor, e das indústrias produtivas como um todo, é a retomada do PIB brasileiro, por ser um dos pontos de partida para um crescimento sustentável das carteiras de seguros.

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a projeção de crescimento do PIB é na ordem de 2,2% para 2023, com aumento do mercado segurador estimado em 10,1% quando consideradas as operações de seguro saúde. Outro fator que também deve contribuir para a expansão do setor é a revisão do marco regulatório promovida pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a intensificação da digitalização.

Além disso, existe a questão das insurtechs – que chegaram para ficar e estão mudando todos os aspectos dos negócios, jornadas e experiências na cadeia de seguros.

De acordo com especialistas da Corvus Insurance, o cenário das insurtechs irá continuar amadurecendo, com as empresas aprimorando as áreas com maior lacuna de necessidades dos clientes e considerando as capacidades atuais. Também está previsto crescimento contínuo da demanda global por seguros cibernéticos e outros produtos fundamentais para proteger os avanços tecnológicos, o que inclui a proteção de dados. Além disso, devem avançar – ainda mais – questões como o ESG e a atuação com foco no mercado B2B2C.

Outro ramo que tem se tornado tendência para o mercado de seguros em 2023 é o de Responsabilidade Civil. Isso pode ser constatado diante da evolução expressiva deste segmento em 2021 e pelo crescimento de 24,1% no primeiro quadrimestre de 2022.

Os impactos da Guerra da Ucrânia continuam no foco de atenção, uma vez que atingiram, e muito, as seguradoras e as resseguradoras em 2022. Agora, as companhias de seguros estão com um objetivo de não sentir os impactos dos conflitos em seus negócios.

Listo abaixo algumas das principais tendências para a indústria seguradora em 2023:

  • Cliente no centro das decisões;
  • Atendimento e aprimoramento da experiência dos consumidores;
  • Jornada dos segurados;
  • Simplificação de aplicativos;
  • Atração e conscientização da Geração Z para os produtos e serviços oferecidos pelo setor de seguro;
  • Ampliação da atuação Omnichannel;
  • Inovação e Transformação do setor com base nos aspectos ASG (e questões climáticas);
  • Aprimoramento dos aspectos regulatórios;
  • Mudanças nas taxas de juros, com impactos nos resultados operacionais.
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