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Setor securitário tem quase 400 mil processos em tramitação no Poder Judiciário

Mírian Queiroz, advogada, mediadora e diretora da MediarSeg; e Alessandra Silva, advogada e gerente operacional da MediarSeg / Foto: Divulgação
Mírian Queiroz, advogada, mediadora e diretora da MediarSeg; e Alessandra Silva, advogada e gerente operacional da MediarSeg / Foto: Divulgação

Crescente litigação não apenas representa um ônus financeiro significativo para as companhias de seguros, mas também ameaça o crescimento e a eficiência do segmento

O setor securitário do Brasil enfrenta um desafio preocupante com quase 400 mil processos em tramitação nos tribunais em todo o país, segundo dados levantados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa crescente litigação não apenas representa um ônus financeiro significativo para as companhias de seguros, mas também ameaça o crescimento e a eficiência do segmento. Para que se tenha noção do cenário desafiador, em 2022, foram registradas 173.419 ações judiciais contra as companhias de seguros, de acordo com o CNJ. Esses números representam uma tendência preocupante para o segmento e revela a urgência de buscar outras formas para encerrar controvérsias. “O segmento teve um crescimento no último ano, tem uma participação importante no PIB e pode seguir em ascensão. Por isso, é importante conscientizar as companhias de seguros sobre os impactos negativos de uma ação judicial. Além de afetar diretamente as seguradoras, os valores resultantes das indenizações podem prejudicar todo o setor”, alerta Mírian Queiroz, advogada, mediadora e diretora da MediarSeg.  

A morosidade do sistema judicial pode retardar a resolução de disputas, causando frustração às partes envolvidas e prolongando a incerteza em relação aos resultados. “Os contratos com as companhias de seguros, normalmente, são de longa duração. Não é benéfico para a seguradora perder clientes por causa de uma controvérsia. Diante desse cenário, as companhias de seguros devem considerar a mediação extrajudicial online como uma maneira eficaz para a resolução de conflitos. A mediação oferece uma série de benefícios que podem ajudar a preservar recursos financeiros, acelerar a resolução de disputas, proteger a reputação das empresas de seguros e preservar a relação contratual entre seguradora e segurado”, explica a mediadora.

Para Alessandra Silva, advogada e gerente operacional da MediarSeg, além dos benefícios diretos para as seguradoras, a adoção da mediação também contribui para o bom funcionamento do Poder Judiciário. “As companhias que adotarem a mediação extrajudicial online como forma de finalização de disputas, estará aliviando a sobrecarga de processos e permitindo que os tribunais se dediquem aos casos de maior complexidade. Sendo assim, temos uma ferramenta de pacificação que atende de maneira satisfatória todos os envolvidos, segurado, seguradora, advogados e o próprio Poder Judiciário”, esclarece a gerente operacional.

A crescente litigância no setor securitário do Brasil representa uma ameaça real ao crescimento e à eficiência do segmento. No entanto, a mediação extrajudicial online oferece uma solução eficaz para resolver disputas de forma prática e humanizada. “As companhias de seguros devem considerar a mediação como a escolha preferencial para evitar os custos dos processos judiciais e, ao mesmo tempo, contribuir para um sistema judicial mais ágil e eficaz. Não estamos falando apenas de uma forma de finalizar processos, trata-se de uma ferramenta de pacificação social capaz de melhorar a experiência do cliente e ainda contribuir para a mudança de cultura no Brasil”, revela a diretora da MediarSeg.

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