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Setores segurador, financeiro e produtivo têm compromissos para aumentar resiliência com crise climática

Fusões e aquisições na América Latina caíram 11% em 2022, aponta pesquisa da TTR com a Aon / Foto: Freepik
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CNseg, Febraban e CNI participam de debate na COP 29 liderado pelo governo brasileiro

O que a Confederação Nacional das Seguradoras, a Confederação Nacional da Indústria e a Federação de Bancos têm em comum na Conferência das Nações Unidas para o Clima, em Baku? As três sentaram juntas para debater as contribuições do setor privado nas finanças sustentáveis para impulsionar a superação dos desafios socioambientais do país e os compromissos frente à crise climática.

Os executivos apresentaram respostas dos seus setores para impulsionar iniciativas que promovem o desenvolvimento econômico em conjunto com a conservação ambiental e o bem-estar social da população, reforçando a relevância da integração entre setor produtivo, financeiro e governo.

Mediada pelo diretor de Políticas de Mitigação, Adaptação e Instrumentos de Implementação do Ministério do Meio Ambiente, Aloisio de Melo, participaram do debate a diretora de sustentabilidade da CNseg, Cristina Barros, o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI e o diretor de Sustentabilidade da Febraban.

A diretora da CNseg aproveitou a plateia no espaço Brasil para reforçar que o setor segurador tem capacidade de atuar como um investidor e participante fundamental na agenda do mercado de carbono e da transição climática em prol da adaptação e resiliência.

“Globalmente, 1/3 das perdas por desastres climáticos é coberto por seguro, mas este setor não é visto pela Convenção do Clima. E o que temos dito aos membros dessa Convenção, via Brasil, é que considerem o seguro para responder a emergência climática ao qual país está exposto. Nesse instrumento da adaptação, temos um caminho a traçar, que começa aqui na COP e tem desdobramento em casa, de construção de pontes que a CNseg começa a sinalizar para governo, diversos ministérios e várias outras entidades”, disse Cristina Barros durante o painel.

O setor financeiro, representado pela Febraban, tem participado dessa agenda socioambiental desde 2008, incluindo taxonomia verde desde 2015. Agora a tarefa tem sido de engajar os clientes para a agenda de taxonomia e se tornem carbono zero.

“O Brasil tem a possibilidade de ser um hub de soluções climáticas. São US$ 3 trilhões no mundo com possibilidade de arrecadação nos próximos anos. Precisamos de políticas de médio e longo prazo, investimentos consistentes, mas temos feito a lição de casa como mercado e como governo”, disse o executivo da Febraban, Amauri Martins. “Nosso papel é ensinar como os clientes podem aderir à economia do baixo carbono para o setor financeiro, produtivo e segurador”.

A CNI representa cerca de 9 mil estabelecimentos e, do lado da indústria, temos uma estratégia muito bem definida para transformar as vantagens comparativas do Brasil em vantagens competitivas”. A nossa estratégia é baseada na implementação de diversas ações em transição energética, economia circular, mercado de carbono e bioeconomia e conservação florestal”, disse David Bontempo, da CNI.

“É fundamental contar com essas instituições e com a capacidade de interlocução. O diálogo entre o setor privado e o governo federal é fundamental para continuar posicionando o Brasil na liderança da agenda verde”, concluiu Aloisio de Melo, do MMA.

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