Doença pode evoluir sem sintomas evidentes e afeta milhares de brasileiros ; diagnóstico e monitoramento são essenciais para garantir controle e qualidade de vida3
Neste Dia Mundial da Saúde, a Leucemia Mieloide Crônica (LMC) ganha destaque como um exemplo de como o conhecimento sobre sintomas e a visita ao médico são essenciais para a detecção precoce de doenças graves. A LMC é um tipo de câncer do sangue de progressão lenta, que muitas vezes se desenvolve de forma silenciosa e pode permanecer sem diagnóstico por meses ou anos 1,. No Brasil, cerca de 10 mil pessoas vivem com a doença2.
Caracterizada pela produção descontrolada de glóbulos brancos anormais, a LMC pode ter início com sinais inespecíficos como cansaço excessivo, sudorese noturna, perda de peso e desconforto abdominal1. Em muitos casos, o diagnóstico ocorre de forma incidental, em exames de sangue de rotina3. A maioria dos pacientes tem entre 45 e 65 anos no momento da descoberta da doença².
“A LMC pode evoluir silenciosamente. Por isso, a conscientização sobre seus sinais é uma ferramenta poderosa de saúde pública. Quando identificada precocemente, a doença pode ser tratada com terapias que permitem ao paciente levar uma vida próxima ao normal”, afirma Lenio Alvarenga, diretor médico da Novartis Brasil.
Embora possa ser assintomática em estágios iniciais, a LMC pode se manifestar com1,3:
- Fadiga persistente;
- Perda de peso não intencional;
- Suor noturno excessivo;
- Desconforto abdominal (geralmente causado pelo aumento do baço);
- Febre sem causa aparente;
- Palidez e fraqueza.
Desafios ainda presentes na jornada do paciente
Mesmo com os avanços no tratamento e no aumento da sobrevida, a jornada do paciente com LMC no Brasil ainda apresenta barreiras significativas — especialmente relacionadas ao reconhecimento tardio dos sintomas e à dificuldade no acompanhamento regular da doença.
“A informação é o primeiro passo para o cuidado. Quanto mais cedo o paciente ou o profissional de saúde suspeita da LMC, maiores são as chances de iniciar um tratamento que garanta estabilidade da doença, qualidade de vida e bem-estar ao longo dos anos”, reforça Alvarenga.
Neste 7 de abril, o alerta é claro: saúde também é poder identificar sinais precoces, buscar avaliação médica, conhecer as condições que podem impactar profundamente a vida dos pacientes e garantir o manejo adequado da doença ao longo do tempo para preservar qualidade de vida e funcionalidade.
¹Mayo Clinic. Chronic myelogenous leukemia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/
²Goldman JM, et al. Chronic myeloid leukemia: a historical perspective. Semin Hematol. 2010;47(4):302–311. Disponível em: https://doi.org/10.1053/j.