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SincorCast recebe SulAmérica para debater cenário da saúde suplementar

SincorCast recebe SulAmérica para debater cenário da saúde suplementar / Divulgação
SincorCast recebe SulAmérica para debater cenário da saúde suplementar / Divulgação

Raquel Reis fala sobre sustentabilidade, combate a fraudes e produtos mais acessíveis

Na 10ª edição do SincorCast, que foi ao ar no dia 3 de maio, o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, e a 1ª vice-presidente, Simone Fávaro, receberam a presidente de Saúde e Odonto da SulAmérica, Raquel Reis. Eles conversam sobre trajetória profissional, situação do mercado de saúde suplementar, fraudes, inovações e oportunidades. A transmissão está disponível no canal da TV Sincor-SP.

“O mercado de saúde está turbulento, mas é nessas situações que encontramos as melhores soluções”, disse Boris, preparando para a abordagem de temas polêmicos.

Raquel Reis contou sua trajetória de 23 anos de mercado de seguros. Formada em Ciências Atuariais, sempre trabalhou no setor de seguros. Depois de algumas seguradoras entrou para a SulAmérica, onde permaneceu por 10 anos, ocupando cargos de gerente Técnica, superintendente, diretora Técnica e depois de vice-presidente de Saúde e Odonto. Em janeiro de 2022, ela saiu da SulAmérica aceitando o convite de atuar como vice-presidente na Rede D’Or para conhecer o lado dos hospitais e da prestação e serviços. Logo em seguida, a Rede D’Or comprou a carteira da SulAmérica e, em janeiro de 2023, foi convidada para retornar à seguradora como presidente da área. “O desafio é grande, mas temos a melhor equipe e melhores corretores do mercado para nos ajudar”, defendeu.

Entre os principais desafios, ela apontou: reorganizar a casa no momento em que o setor de saúde está enfrentando a crise pós-pandemia; aproximar ainda mais da rede de prestadores e corretores em todo o Brasil; promover o acesso à saúde de qualidade a cada vez mais brasileiros. Para garantir a sustentabilidade do setor, a empresa está atuando no combate às fraudes e investindo em produtos mais acessíveis: coparticipação, produtos sem reembolso, e linha Diretos.

Boris Ber citou caso de empresa demitindo funcionários por conta da fraude na saúde. “O usuário não tem a dimensão do estrago que ele causa a si próprio. Temos reajustes inevitáveis porque a conta tem que fechar. A fraude começa no momento em que a secretária do consultório oferece dois recebidos, até a mais recente prática em que o usuário empresta para outra pessoa seu login e senha do plano de saúde para uma telemedicina, por exemplo”, disse.

Raquel apontou o estrago: “analisando os dados do sistema de saúde em 2022, vemos um prejuízo de R$ 12 bilhões no mercado, então é real, chegou o risco de ruptura do sistema. E se prejudica empresas grandes como a SulAmérica, que tem mais de 2,5 milhões de vidas somente em saúde, imagine para pequenas operadoras do interior. Tem empresa que não suporta este momento que estamos vivendo, por isso o mercado está se unindo para falar de maneira séria sobre os malefícios que o beneficiário causa a si próprio.”

Ela apontou que médicos e consultórios também contribuem com as fraudes. “É absurdo médicos cobrarem valores variáveis, quando o usuário fala seu limite de reembolso. Quando adquirimos um carro, por exemplo, não é cobrado de acordo com o que cada cliente possui no banco. Também temos casos de clínicas que fazem os exames laboratoriais no próprio local para receber mediante reembolso, sendo que temos ampla rede de laboratórios – hoje os exames são a maior fatia dos reembolsos, isso é inaceitável. E tem as pessoas que compartilham login e senha do plano, estamos implantando biometria facial para coibir a prática”, exemplificou.

“Os corretores são as pessoas mais capacitadas para levar esse conhecimento, porque há muita desinformação na ponta, e o usuário precisa entender que qualquer gasto a mais que tenha em função de abuso ou fraude vai compor a conta do reajuste do próximo ano. É o que está acontecendo agora. Vimos empresas demitindo por conta de fraude justamente porque este é um benefício tão importante e custoso para a empresa e as pessoas não valorizam. Ficamos tristes que muitos ainda cometem esse tipo de crime, porque é, passível de queixa-crime. Temos entrado com diversos processos”, declarou Raquel.

A SulAmérica está apoiando as campanhas da Abramge (Todos por todos) e da FenaSaúde (Saúde sem Fraude), e também desenvolveu comunicação de conscientização (Sua Saúde é Pessoal e Intransferível). “Fico feliz que finalmente estamos dando holofote ao tema. A sociedade paga por aqueles que erram, então temos que olhar para situações de fraude ou abuso.”

Simone Fávaro apontou que o departamento Disque Sincor tem demanda de situações de fraude. “Muitas vezes, o cliente demanda essas cobranças e estamos fazendo conscientização com os corretores para que eles levem aos consumidores. No final, a conta chega para o usuário. Hoje, muitos médicos iniciam consulta perguntando sobre convênio e valor do reembolso, em vez de se preocupar efetivamente com a patologia do cliente, temos que mudar este cenário”, concluiu.

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