Cotas da aeronave são disponibilizadas por meio da gestão de propriedade compartilhada; empresa tem outros quatro jatos para compartilhamento
A Solojet Aviação está comercializando as cotas do novo jato no Shares, o Cessna Citation X, que já está em operação. Elas são oferecidas por meio da gestão de propriedade compartilhada. Também são disponibilizadas cotas para o Hawker 400XP no programa de compartilhamento; a empresa tem quatro desses jatos na frota.
Para atender à demanda, a empresa pretende adicionar mais aeronaves ainda este ano. A modalidade, autorizada a funcionar no Brasil desde 2020, tem atraído cada vez mais clientes, que preferem ter uma fração de uma aeronave em vez de comprar uma aeronave inteira.
“A propriedade compartilhada é muito vantajosa para quem usa a aeronave o bastante para não gastar tanto com fretamento, mas não tem demanda suficiente para possuir uma aeronave exclusiva”, aponta André Bernstein, CEO da empresa.
O grande sucesso do modelo criado pela Solojet Shares está no pacote agregado que o cliente recebe. “Não é apenas a fração de uma aeronave, mas toda a estrutura que o grupo oferece com manutenção, hangaragem, gestão da tripulação, o cliente só precisa voar”, resume Bernstein.
O Cessna Citation X pode transportar até 8 passageiros. É um dos jatos mais velozes da aviação executiva, podendo voar a uma velocidade de aproximadamente 1.120 km/h (Mach 0.92). Tem alcance de até 5 mil quilômetros, com teto máximo de 51 mil pés (15.500 metros).
Recentemente, a Solojet inaugurou um terceiro hangar no Aeroporto de Jundiaí, em São Paulo, com 3.362 metros quadrados, exclusivo para hangaragem e atendimento das aeronaves do programa de compartilhamento Solojet Shares, bem como FBO/atendimento a aeronaves de terceiros.
A empresa possui outros dois hangares no aeroporto, utilizados para os serviços de manutenção, revitalização de interiores, pintura, entre outros. Com o novo hangar dedicado apenas ao compartilhamento, os passageiros contarão com mais conforto e privacidade.
Dados de mercado
A aviação executiva tem registrado um crescimento robusto e contínuo no Brasil nos últimos anos. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) mostra que em dezembro passado o país tinha 10.632 aeronaves em operação, entre jatos, turboélices e helicópteros, usados para a aviação geral, de negócios, táxi-aéreo, entre outras. No mesmo período em 2023, eram 9.989 aeronaves. O número tem subido ano a ano, e cresceu mesmo durante a pandemia. Desse número, 697 aeronaves são utilizadas exclusivamente no táxi-aéreo.