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Subtipos do Câncer de Mama: Como o diagnóstico correto pode transformar o tratamento

Demora no início do tratamento do câncer de mama ainda é desafio para pacientes/ Foto: Pexels
Foto: Pexels

Com a proximidade do Dia Mundial de Combate ao Câncer (04/02), a atenção se volta para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. No entanto, é fundamental entender que o câncer de mama não é uma doença única. Existem diferentes subtipos da doença, cada um com características próprias que exigem abordagens terapêuticas específicas.

Com os avanços da medicina, é possível oferecer diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados, o que melhora significativamente a jornada e a qualidade de vida das pacientes. Para esclarecer essas diferenças, conversamos com a Dra. Fabiana Baroni Makdissi, líder do Centro de Referência da Mama do A.C. Camargo Cancer Center. Segundo a especialista, “a compreensão dos subtipos do câncer de mama tem sido essencial para avanços no tratamento, permitindo abordagens mais eficazes e menos agressivas para muitas pacientes”.

Os principais subtipos do Câncer de Mama

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama a cada ano entre 2023 e 2025. No mundo, a doença é a mais incidente entre as mulheres, com cerca de 2,2 milhões de diagnósticos anuais e aproximadamente 685 mil mortes decorrentes da doença.

Os especialistas classificam o câncer de mama em quatro principais subtipos:

  • Luminal A: Tumores que possuem receptores hormonais para estrogênio e progesterona e não expressam a proteína HER2. Crescem lentamente e têm baixa proliferação celular, respondendo bem à terapia hormonal.
  • Luminal B: Também apresentam receptores hormonais, mas podem ser negativos para progesterona. Crescem mais rápido, têm alta proliferação celular e respondem tanto à terapia hormonal quanto à quimioterapia.
  • HER2-positivo: Tumores que não possuem receptores hormonais, mas apresentam alta expressão da proteína HER2. São agressivos e crescem rapidamente, mas podem ser tratados com terapias direcionadas à HER2.
  • Triplo-Negativo (TNBC): Não apresentam receptores hormonais nem HER2, sendo um dos subtipos mais agressivos. Comum em mulheres jovens, geralmente com menos de 40 anos, esse tipo de câncer demanda tratamentos mais intensivos.

Novas descobertas e o subtipo HER2-Low

Recentemente, pesquisadores passaram a classificar um novo perfil de tumor chamado HER2-low, que apresenta baixos níveis de expressão da proteína HER2. Embora anteriormente fosse agrupado como HER2 negativo, estudos indicam que esse subtipo responde melhor a tratamentos específicos. Estima-se que 15% a 20% dos tumores mamários apresentem superexpressão do gene HER2, enquanto aproximadamente 50% dos classificados como negativos expressam baixos níveis dessa proteína.

Importância do diagnóstico preciso

Para Dra. Fabiana Baroni Makdissi, “um diagnóstico preciso do subtipo do câncer de mama permite tratamentos mais direcionados, o que pode aumentar as chances de resposta terapêutica e reduzir efeitos colaterais desnecessários”. Avanços em testes genéticos e moleculares possibilitam uma personalização ainda maior dos tratamentos, contribuindo para melhores prognósticos e qualidade de vida das pacientes.

Com os progressos da oncologia, conhecer as diferenças entre os subtipos do câncer de mama e realizar exames de precisão são passos fundamentais para a eficácia do tratamento. A conscientização e o acesso às novas abordagens terapêuticas são essenciais para enfrentar essa doença tão incidente no mundo.

*Com informações de Edelman Comunicação.

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