Sucessão de empresas é tema de debate no IV Encontro de Líderes do IDV

Foto: Divulgação
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Evento foi realizado em Itatiba, no interior paulista, e reuniu grandes nomes do setor empresarial, da economia e do mundo jurídico

Durante o IV Encontro de Líderes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), realizado em Itatiba, no interior paulista, um dos temas abordados foi a sucessão nas empresas, que contou com as presenças de Ana Resende, da Alma Empresas Familiares; Antonio Carlos Pipponzi, da RD Saúde; e Luiza Helena Trajano e Marcelo Silva, do Magalu. O IV Encontro de Líderes do IDV aconteceu entre 17 e 19 de outubro e foi destinado a acionistas, presidentes, vice-presidentes e diretores das empresas associadas ao IDV.

De acordo com Ana Resende, a sucessão envolve planejamento, e o novo líder precisa ter a oportunidade de mostrar competência antes da transição, e todo o processo deve ser claro e transparente. “Muitas vezes, é necessário utilizar ajuda externa para garantir imparcialidade e evitar a tentação de tentar clonar o atual líder. Também pode ser viável considerar a transição contratando pessoas do mercado, mesmo que provisoriamente, se as de dentro da empresa não forem qualificadas”, explica.

Ana ressalta que negócios são esportes de time, sendo necessário ter jogadores com habilidades específicas e jogadores titulares e reservas. “Há diferentes papéis no sistema de uma empresa, como os de executivos, membros de governança, acionistas. E ao fazer a transferência de poder, é preciso saber se faz sentido passar a empresa para a próxima geração, se ela deve manter a estrutura societária ou fazer algum ajuste e se a transferência deve ser de uma única vez ou aos poucos. Sucessão é processo, não evento; quanto antes começar a planejá-la, melhor”, diz.

Antonio Carlos Pipponzi comentou que a unidade familiar é essencial. “O ideal é haver um equilíbrio entre o legado da empresa e a inovação trazida pela nova geração”. A opinião é compartilhada por Marcelo Silva, que entrou no Magalu para preparar a sucessão entre Luiza Helena Trajano e Frederico Trajano. “A ideia era que eu visse se realmente ele estava pronto para ser o CEO da companhia, pois havia o temor que houvesse uma ruptura familiar. Estudos indicam que apenas 10% das empresas chegam à terceira geração e menos de 5% chegam à quarta geração. Nenhuma empresa se perpetua se não tiver integridade, respeito e transparência”, explica Marcelo Silva.

Luiza Helena Trajano ressaltou que, apesar das diferenças entre os líderes de uma empresa, é preciso que os valores sejam iguais. “No Magalu, nosso processo de sucessão foi muito bem resolvido, pois quando o Marcelo Silva era o nosso CEO, havia a possibilidade de tanto o Frederico quanto o Fabrício Garcia, que são primos, assumirem a empresa, e todo o processo foi feito com transparência e eficiência. E hoje já estamos começando a preparar a quarta geração para, no futuro, estar à frente da companhia”, conclui a empresária.

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