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Sucesso nas negociações da Política Fiscal pode levar Selic a 8,5% já em 2024, diz BB Previdência

Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos BB Previdência / Foto: Divulgação
Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos BB Previdência / Foto: Divulgação

Desafio maior para se atingir a meta estimada pelo mercado para este ano é a taxa de juros norte-americana, analisa Ricardo Serone, Diretor da instituição

Com mais este corte de 0,50 ponto percentual anunciado hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), para 10,75% ao ano, a Selic segue a trajetória esperada pelo mercado: alcançar 9% ao final de 2024, avalia Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos BB Previdência, empresa do conglomerado Banco do Brasil.

O executivo, contudo, destaca que se as negociações atuais sobre a Política Fiscal forem bem-sucedidas pelo trabalho desenvolvido pelo Ministério da Fazenda, podem levar a taxa básica de juros a 8,5% no fim deste ano. “É preciso ficar atento às negociações. Dependendo do arranjo, a redução da Selic poderá ser maior, chegando neste patamar”.

O sexto corte seguido na Selic deve-se a um cenário macroeconômico interno equilibrado, com sinais positivos observados, especialmente, na queda do nível de desemprego e no controle da inflação, ao menos no curto prazo, analisa Serone.

“A inflação de 0,83% em fevereiro ficou praticamente igual à verificada no mesmo mês do ano passado, 0,84%, o que mostra um caminho de normalidade. A expectativa para março é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fique próximo de 0,20%, ante 0,71% de 2023, indicando convergência para as metas do Banco Central”.

O desafio maior está no cenário externo, principalmente, nas taxas de juros dos Estados Unidos, que, se subirem, podem frear um pouco a curva de queda da Selic, opina o executivo. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manteve hoje a taxa na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, também como previsto pelo mercado.

Como a taxa Selic pode impactar os planos de previdência

Os cortes na taxa Selic têm trazido desafios para o setor de previdência. “É preciso diversificar o portfólio, investindo em ativos que auxiliem as fundações a alcançarem índices de referência e metas atuariais dos planos. A BB Previdência já tem um planejamento estratégico com esta visão, oriundo da construção da sua Política de Investimentos. A instituição tem feito alocações táticas, para capturar ganhos por meio do fechamento da curva de juros”.

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