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Surto de Hepatite A em São Paulo: infectologista do Santa Marcelina Saúde explica como evitar a contaminação

assorted fruits and vegetables on green surface
Photo by Vitalii Pavlyshynets on Unsplash

Estado registrou 90,5% de aumento de casos no 1º semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2024

O Estado de São Paulo passa por um surto de hepatite A em 2025. Ao todo, de janeiro a junho deste ano, foram registrados 949 casos da doença, o que representa um aumento de 90,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, somente na capital, 476 pessoas foram diagnosticadas entre janeiro e 2 de julho.  

Transmitida principalmente de forma fecal-oral, por alimentos e água contaminados e via relações sexuais, a hepatite tipo A é uma doença predominantemente benigna, porém, durante sua evolução, a recomendação médica é que os pacientes se mantenham em repouso para recuperação e redução da transmissibilidade e agravamento do quadro.

Para o Dr. Luiz Relvas, supervisor médico dos serviços de infectologia do Santa Marcelina Saúde, a não imunização da população com a vida sexual ativa é um fator determinante para a explosão de casos em São Paulo. “A doença é imunoprevinível, porém nem todas as pessoas sexualmente ativas foram imunizadas. Assim, a circulação do vírus em grupos mais favoráveis contribui para o aumento de casos”, comenta o especialista.

Sintomas da hepatite A

Os sintomas podem variar em cada paciente, porém, as principais queixas das pessoas contaminadas com a hepatite tipo A são: febre, fadiga, náuseas e vômitos, dor abdominal, perda de apetite, urina escura, amarelamento da pele e olhos, fezes claras ou acinzentadas e coceira em algumas regiões do corpo.

De acordo com o infectologista, o modo mais agressivo da doença pode afetar o sistema digestório. “Clinicamente, a complicação mais grave da hepatite tipo A, apesar de rara, é a falência aguda do fígado, que pode culminar na necessidade de transplante hepático ou até mesmo levar o paciente ao óbito”, comenta o especialista.

Prevenção

A principal medida de prevenção é a vacinação, prevista no Plano Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, ainda na infância, assim como para os grupos mais vulneráveis. “Além disso, manter a higiene adequada das mãos para manipulação de alimentos, o tratamento adequado da água potável e um saneamento básico eficiente são medidas positivas e que contribuem para a diminuição dos riscos de contaminação”, afirma o infectologista.

Tratamento

Na maioria das vezes, voltado ao alívio dos sintomas, o tratamento consiste no descanso e repouso do paciente, alimentação balanceada, hidratação adequada, acompanhamento médico regular e, em alguns casos, o uso de medicamentos para auxílio no controle dos sintomas também se faz necessário.

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