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Tarifaço acende alerta sobre riscos comerciais: como as empresas podem proteger o caixa em meio à escalada das tensões globais

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Foto:Jakub Żerdzicki no Unsplash

O anúncio recente dos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas adicionais a produtos brasileiros marca um novo capítulo na já instável dinâmica do comércio internacional. A guerra tarifária, que antes parecia restrita a potências como China e EUA, agora afeta diretamente o Brasil, com impactos concretos sobre exportadores, cadeias produtivas e a competitividade das empresas nacionais.
As tarifas elevadas aumentam o custo dos produtos brasileiros nos Estados Unidos, reduzem a demanda, pressionam margens de lucro e elevam a imprevisibilidade nos negócios. Empresas que dependem do mercado americano, ou de insumos ligados a essa rota comercial, já sentem os efeitos da nova política tarifária: fluxos de caixa mais instáveis, negociações travadas e aumento do risco de inadimplência.

“O risco agora é local e imediato. A tensão entre Brasil e Estados Unidos afeta diretamente a saúde financeira de muitas companhias brasileiras, que precisam agir rápido para proteger suas receitas e preservar liquidez”, afirma Guilherme Bastos, Diretor de Crédito da Lockton.

Nesse cenário, o seguro de crédito volta ao centro da discussão como uma ferramenta estratégica. Ele protege as empresas contra o não recebimento em vendas a prazo, tanto no mercado doméstico quanto em exportações, além de funcionar como respaldo na busca por financiamento e tomada de decisões com base em análises contínuas de risco. Ou seja, mais do que uma proteção pontual, o seguro de crédito oferece uma estrutura que permite antecipar comportamentos de inadimplência, avaliar mercados com risco crescente e garantir previsibilidade em tempos de instabilidade.

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o aumento do protecionismo e dos conflitos tarifários tem contribuído diretamente para a desaceleração do comércio global. A guerra tarifária entre China e EUA já havia servido como alerta sobre os efeitos colaterais dessas medidas, mas agora com o Brasil na linha de frente, a urgência por soluções de gestão de risco é ainda maior.

“A resposta das empresas precisa ir além da renegociação de preços ou busca de novos fornecedores. É hora de olhar para dentro e blindar o caixa com ferramentas que deem segurança operacional, mesmo em cenários de volatilidade”, reforça Bastos.

Além do seguro de crédito, produtos que cobrem interrupção de negócios, riscos políticos e variações cambiais podem ser combinados em estratégias de proteção mais amplas, oferecendo cobertura sob medida conforme o grau de exposição de cada empresa. “Em um cenário global onde conflitos comerciais podem surgir a qualquer momento, estruturar soluções para gestão de risco não é mais uma vantagem competitiva, é uma necessidade. E a nova tensão entre Brasil e EUA é mais um lembrete claro disso”, conclui o executivo.

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