Absorções bruta e líquida do terceiro trimestre foram recorde do ano
Com alto volume de transações, o mercado de escritórios de alto padrão da cidade de São Paulo registrou um terceiro trimestre de 2023 de bons resultados. Os dados são da pesquisa da First Look realizada pela consultoria imobiliária JLL. De acordo com o levantamento, a absorção bruta foi de 121 mil m² e a líquida de 51 mil m², recordes em 2023. Essas movimentações fizeram a taxa de vacância retroceder em 1,3 p.p., atingindo 24,3%, mesmo com a entrega de 9 mil m² de novo estoque.
Ao todo, foram realizadas 141 absorções, que somam mais de 121 mil m², contra 89 devoluções – 69,8 mil m². “Trata-se de um movimento orgânico das empresas, que, em sua maioria, realizaram expansões e tomaram mais áreas”, aponta Yara Matsuyama, diretora de Locações da JLL. O levantamento também revela que todos os perfis de demandas (de menores de 500 m² a maiores de 1500 m²) apresentaram crescimento, com destaque para as ocupações de grandes espaços.
“Nesse trimestre, foram 24 locações de escritórios acima dos 1.500 m², contra 18 e 8 nos períodos anteriores. Isso mostra que as empresas grandes estão cada vez mais seguras para ampliarem a área que ocupam”, avalia Caio Maia, líder da área de Pesquisa e Estratégia da JLL. Entre as principais transações estão: ByteDance – 8,2 mil m² no Itaim; HDI Seguros – 2,7 mil m² na Barra Funda; XP Investimentos – 2,3 mil m² na JK e Concremat – 2,2 mil m² na Berrini/Chucri.
Movimentações por toda a cidade
Nem só de Faria Lima vive o universo corporativo. O condado paulistano segue estável, com vacância na casa de 7%, enquanto outras regiões tiveram desempenho de destaque no terceiro trimestre de 2023. Também classificada como primária – ou seja, nobre – a Berrini/Chucri teve absorção líquida de mais de 25 mil m², registrando queda na vacância. “Com quase um ¼ do estoque de escritórios de alto padrão da cidade, a região não vinha apresentando dados tão positivos como neste período. É como se um prédio todo tivesse sido locado”, compara Matsuyama.
Alphaville e Barra Funda também tiveram bons resultados. Ambas as regiões apresentavam poucas negociações e, agora, seguem acumulando trimestres consecutivos de absorção líquida positiva. “A recuperação das grandes ocupações – com ‘pulverização’ das absorções em diferentes áreas da cidade –, aponta para uma recuperação do mercado corporativo de alto padrão para níveis pré-pandemia. Nossa expectativa é que o ano feche com absorção líquida positiva e com ritmo de crescimento em progressão”, finaliza a executiva.