Tendências de negócios com marcas próprias na Europa foram apresentadas para executivos de 16 empresas de todas as regiões do país durante o programa de imersão promovido pela ABMAPRO – Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização
As atividades começaram em Amsterdã, com visitas a varejos holandeses; à fábrica da IFF, maior empresa de fragrâncias e aromas do mundo; e participação à PLMA, reputado maior encontro mundial do setor.
Na PLMA, os representantes das empresas foram recepcionados pela presidente da PLMA, Peggy Davies e mais dois diretores.
Em seguida, o grupo foi direto para Londres conhecer os maiores varejistas da Inglaterra. Depois, veio o mais importante momento da imersão, na Espanha.
Em Valencia aconteceu visita técnica ao Centro de Co-inovação do Mercadona, onde foram recebidos pela Diretora de Marca Própria, Belen Vizcaino. Ela apresentou como são desenvolvidos os produtos marca própria que representam 80% do sortimento total e que permitem margens maiores que grandes redes de varejo global. Outros varejistas foram visitados e o objetivo maior foi conhecer estratégias e modelos de negócios das maiores redes do mundo.
– A iniciativa conecta líderes do setor às principais inovações e tendências do mercado global e neste ano foi não só a maior como a melhor missão que coordenamos desde que iniciamos esse trabalho, diz Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização.
Com a criação da representação europeia – o ABMAPRO Trade Center – a entidade estará conectada 365 dias por ano com o que se tem de mais inovador, permitindo que o Brasil esteja na vanguarda do continente Sul-americano.
Tendências
Solução, conveniência e “saudabilidade” foram as principais tendências identificadas nesta imersão europeia, analisa Marco Quintarelli, segundo vice-presidente da ABMAPRO.
Ele relata que avançam as parcerias entre varejo e indústria — e até entre varejo e varejo — sempre conectadas para atender às demandas e expectativas dos consumidores.
Outro modelo em ascensão é o “Ready to Eat” ou “Ready to Use”, com produtos ou parcerias que tragam soluções para o shopper, plant-based.
E vem por aí com muita força ondas de orgânicos e alimentos probióticos, grandes destaques da feira e das visitas técnicas nos três países visitados.
– O sucesso de cada projeto de marca própria que observamos estava naqueles que tratam o consumidor como o chefe: respeitando as diferenças, oferecendo soluções para cada necessidade identificada e, principalmente, entregando a promessa, diz Quintarelli.
Crescimento da atividade
O setor de marcas próprias no Brasil já se faz presente em praticamente todos os canais de varejo no Brasil em especial o canal Farma que cresce dois dígitos ao ano. Com valor total de vendas estimado em cerca R$200 BI (ano 2024), a ABMAPRO estima que 70 % dos lares brasileiros consumam pelo menos uma marca própria de seus comércios preferidos.
Dados mais recentes
A Nielsen publicou em fevereiro desse ano trabalho contendo dados sobre a atividade econômica das marcas próprias. Acesse em https://nielseniq.com/global/pt/insights/analysis/2025/empresas-em-crescimento-e-pmes-prestem-atencao-fiquem-de-olho-em-suas-proprias-marcas/