Compras online e Pix concentram a maior quantidade de tentativas de golpe, de acordo com estudo que traz o cenário da fraude online no Brasil
A Koin, fintech especializada em soluções de pagamento digital e prevenção a fraudes em e-commerce, divulgou os resultados de seu estudo anual sobre comportamento e segurança de consumidores em compras online no Brasil. O levantamento revela que os riscos de golpes permanecem significativos.
A pesquisa aponta que 59,7% dos participantes já sofreram alguma tentativa de fraude virtual, número levemente inferior aos 62,4% registrados em 2024. Entre esses, mais da metade (52,4%) efetivamente caiu em algum golpe.
Com relação ao tipo de crime, houve um aumento das tentativas em sites de compras do ano passado para 2025, de 41,8% para 45,2%, e no Pix, de 18,6% para 22,2%. Já os golpes via Whatsapp mostraram queda de 20,6% para 16,7%, assim como o phishing (roubo de dados), que baixou de 13,9% para 11,9%, e o roubo de senha, de 5,2% para 4%. Diante desse cenário, soluções antifraude como as da Koin se tornam essenciais para apoiar os lojistas a reduzir riscos e proteger suas vendas online.
Como em 2024, os celulares seguem muito à frente dos computadores entre os meios utilizados pelos golpistas, com 91,3%. Apenas um ponto percentual a menos do que no ano passado, o que mostra que os dispositivos móveis continuam sendo o principal vetor de ataques.
Os impactos financeiros demonstram que, embora a maioria dos entrevistados não tenha sofrido prejuízo (43,7%), os valores relatados pelas vítimas ainda são expressivos. Entre os atingidos, 16,7% tiveram perdas entre R$ 50 e R$ 100, outros 22,2% ficaram na faixa de R$ 500 a R$ 1 mil, 7,9% relataram prejuízos entre R$ 1 mil e R$ 1.500 e 9,5% perderam mais de R$ 2 mil.
A análise detalhada do perfil dos respondentes revela que as fraudes atingem homens e mulheres de maneira parecida. O estudo também revela que consumidores acima de 55 anos são os principais alvos de tentativas de golpe, enquanto jovens de 18 a 24 anos e pessoas com mais de 65 apresentam maior propensão a serem vítimas dessas fraudes.
Entre os que tiveram prejuízos superiores a R$ 2 mil, 100% das perdas aconteceram com participantes de 35 a 64 anos, coincidindo com a faixa etária em que há maior volume de transações digitais. Entre os entrevistados com renda mensal acima de R$ 10 mil, as tentativas de golpe são mais frequentes. Dos respondentes dessa faixa de renda, apenas 28% não foram abordados por golpistas, contra 72% que foram. No entanto, na faixa dos que ganham até R$ 1 mil por mês, a porcentagem de pessoas que caíram de fato em golpes é a maior, chegando a 83,3% contra 16,7% que conseguiram evitar o crime. O grupo salarial em que menos pessoas foram vítimas de golpes é o dos que ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Deles, 68,8% dos abordados por golpistas não caíram, contra 31,3% dos participantes da categoria que foram vítimas de fato.
“Os resultados da pesquisa mostram que as fraudes virtuais trazem prejuízos significativos não apenas para os consumidores, mas também para os lojistas, que arcam com as consequências desses crimes digitais”, afirma Oto Mendes, Head de Produtos Antifraude da Koin. “Por isso, é fundamental que as empresas fortaleçam suas operações on-line com soluções antifraude cada vez mais robustas”, completa Oto.