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Tesouro Renda+ é tema de Café com Seguro da ANSP

Tesouro Renda+ é tema de Café com Seguro da ANSP / Reprodução
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Palestrantes abordam aspectos Gerais, Econômicos, Financeiros e de Marketing

No último dia 29 de agosto, a Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) realizou uma palestra com o tema “Renda+: uma alternativa de complementação de renda futura”, em mais uma edição do Café com Seguro. Quem realizou a abertura da live foi o Presidente do Conselho Superior da ANSP, Ac. Mauro Batista, e o Coordenador da Cátedra de Previdência Complementar Aberta da instituição, Ac. Wagner Balera.

O evento teve a participação Vice-Coordenador da Cátedra de Previdência Complementar Aberta da ANSP, Ac. Cesar Augusto Cassoni, do Economista e sócio da empresa Rating de Seguros Consultoria, Ac. Francisco Galiza, e do Estatístico e Consultor em Marketing e Finanças, Ac. Ronald Kaufman.

O Objetivo da live foi colocar em pauta o tema o “Tesouro Renda+”, como uma nova alternativa de complementação de renda Futura (NTN-B, série 1), criada pelo Decreto nº 11.301/2022, que estabelece as características dos títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal. Também nomeado como NTN-B1, o Tesouro Renda+ é um novo título público criado pelo Tesouro Nacional e que começou a ser negociado em 2023, a fim de complementar a aposentadoria dos brasileiros. O evento busca trazer foco ao assunto, abordando com a profundidade possível para o momento atual, recepcionando sua existência como mais uma alternativa para informação ao consumidor.

Em suas considerações iniciais, Balera questionou até que ponto este produto financeiro tem representatividade previdenciária. “Essa é a questão que me preocupa, como especialista em previdência”, disse.

Já Cassoni abordou os Aspectos Gerais do tema, o funcionamento do novo título voltado à aposentadoria. “Resumindo, é um título de investimento do Tesouro Nacional nominativo (nome do investidor), atualizado pela variação do IPCA, com data de início de resgate definido e pago em parcelas mensais. Ou seja, o pessoal faz investimento, enquanto na previdência privada são feitas contribuições para o plano de previdência complementar e, lá na frente, na segunda etapa do plano previdenciário, tem-se o recebimento da sua renda mensal. E aqui você vai ter o resgate pago mensalmente”, explicou.

Sobre o alcance, o objetivo desse novo investimento, o palestrante informou que hoje o mercado de previdência complementar é de R$ 2,5 trilhões, o que equivale a 25% do PIB brasileiro. Esse resultado indica crescimento de aproximadamente 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse Total, 47,6% do patrimônio estava registrado para as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) e 52,4% para as Entidades Abertas de Previdência Complementar EAPC/Seguradoras. A informação é do Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC), referente ao primeiro trimestre de 2023, publicado no dia 29, na página do Ministério da Previdência Social.

Focado nos Aspectos Econômicos do tema, Francisco Galiza, levantou questionamentos sobre o público-alvo do Tesouro Renda+. “Para quem se destina? Na minha visão, esse público-alvo tem características bem específicas. Para quem não paga imposto de renda o plano de previdência não precisa ter dedução fiscal. Outra coisa, e se você quiser fazer um investimento mais arriscado? É como se fosse uma camisa de força, uma abordagem simplificada, para, na minha opinião, buscar um consumidor bem popular. Alguém que possa investir R$10,00 ou R$ 20,00”, opinou. Em sua apresentação, o consultor compartilhou dados atualizados referentes aos mercados de VGBL e PGBL. Quanto as principais características do investimento, o consultor informou que o título terá uma rentabilidade pré-fixada (juro real) acrescida da inflação do período. O investidor escolhe uma das oito “datas de conversão” disponíveis, que na verdade são as opções de datas para aposentadoria. No período do investimento o dinheiro será acrescido de juros e corrigido pela inflação. Os rendimentos serão recebidos por 20 anos, também corrigidos pela inflação mantendo assim o poder de compra do investidor. “É um investimento financeiro, que tem um prazo específico de 20 anos. Não é até a morte da pessoa. Não é aposentadoria”, esclareceu.

O economista estabeleceu, ainda, um comparativo entre os títulos e listou os pontos positivos e negativos do novo modelo de investimento. O executivo finalizou seu painel deixando alguns questionamentos no ar. “Para que tipo de cliente esse produto se encaixa? Quem é o público-alvo que o governo está buscando?”.

Por fim, Ronald Kaufmann tratou dos temas Marketing e Aspectos Financeiros. Em seu painel, ele expôs dados relativos a Previdência Social (RGPS), que em sua visão é a nossa maior seguradora. Também complementou as informações transmitidas por Galiza, a descrição que o Cassoni fez sobre o Tesouro Renda+ e fez outras considerações. “Esse não será um investimento para capturar pessoas sem educação financeira, mas que irá atrair o investidor qualificado, porque ele sim vai saber fazer uma conta, verifica o prazo de garantia e os juros. Quem se encaixa realmente nesse perfil que está sendo buscado nós não sabemos, mas o meu palpite é que será o investidor qualificado”, indicou.

De acordo com uma pesquisa realizada com a prudência e a Fundação Getúlio Vargas, 60% das pessoas entrevistadas para o levantamento não tem seguro de vida. “Existe um gap a ser preenchido, não apenas não apenas por meio de um produto de investimento, mas pela oferta adequada de produtos que possam dar a proteção imediata, média e de longo prazo para a população”, concluiu.

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