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Trabalho remoto x híbrido: qual modelo deve permanecer?

Foto: Windows/ Unsplash
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Em uma onda crescente de empresas não apenas migrando do remoto para o híbrido, mas principalmente do híbrido para o 100% presencial, muitas vezes questiona-se apenas em qual dos formatos os colaboradores são mais produtivos, ignorando índices de satisfação e qualidade de vida

Para a especialista em gestão de pessoas e mercado de trabalho, Daniela Diniz, há centenas de pesquisas a favor e contra o trabalho presencial; Na época da pandemia, estudos apontavam que as pessoas eram mais produtivas trabalhando de casa, mas na reportagem atualizada da The Economist, o “erro” das pesquisas anteriores foi considerar que a produtividade vinha apenas do fato de as pessoas estarem longe do escritório, quando na verdade, elas eram mais produtivas pelas horas extras que faziam, estendendo o expediente em suas casas.

O contraponto que a especialistas e Diretora de Conteúdo e Relações Institucionais do Ecossistema Great People & GPTW traz, é que todas as pesquisas continuam olhando para o trabalho (e para as pessoas) como fonte apenas de produtividade, sendo que o trabalho é mais do que isso (ou deveria ser).

Um dos marcos desse movimento das corporações de retornar ao presencial foi a empresa que virou símbolo da revolução do trabalho – Zoom – decidir abandonar o modelo 100% remoto e migrar para o híbrido, se juntando às outras grandes big techs, como Google, Meta e Salesforce.

Mas esse movimento talvez não reflita no desejo e necessidade de muitos colaboradores. Em fevereiro de 2022, o relatório Tendências em Gestão de Pessoas, realizado pelo ecossistema Great People e Great Place to Work, com base em uma pesquisa que ouviu 1.700 pessoas, apontava que, das empresas que já tinham definido uma nova política de trabalho, 66% optaram pelo modelo híbrido; 24% pelo presencial e 10% pelo remoto. O relatório deste ano, publicado também em fevereiro, já indicou um novo status: 50% no híbrido; 40% no presencial e 10% se manteve no remoto.

Forçar os colaboradores a voltarem é sinalizar que sua empresa se importa com apenas uma coisa: o lucro. Puristas da administração de empresas irão dizer que esse sempre foi o objetivo das empresas, porém, em uma nova abordagem do capitalismo, deveria ser contribuir para o bem comum, servindo TODAS as partes interessadas – o acionista e o colaborador. Gerando assim lucro, mas também felicidade.

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