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Transformação digital é chave para segurança do paciente no hospital

Foto por: Stephen Andrews/ Unsplash Images
Foto por: Stephen Andrews/ Unsplash Images

Redução de quase falhas de prescrição e de erros de diagnóstico estão entre os resultados da gestão hospitalar digitalizada

Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que, entre agosto de 2023 e julho de 2024, foram registradas 295.355 falhas na assistência hospitalar no Brasil. Entre os principais problemas, destacam-se erros de diagnóstico, falhas na prescrição e uso incorreto de medicamentos. A Organização Nacional de Acreditação (ONA) também aponta que, no cenário global, 1 em cada 20 pacientes sofre danos evitáveis causados por medicamentos, sendo 53% na fase de prescrição.

Em uma rotina hospitalar intensa, na qual múltiplas informações circulam diariamente, a ausência de processos bem estruturados e documentados contribui para a ocorrência dessas falhas. Esses números reforçam a relevância da digitalização na saúde, que promove a integração de dados e das ferramentas, oferecendo mais segurança para os pacientes e otimizando tempo e recursos dos profissionais.

A jornada conectada, apoiada por diversas tecnologias, é um caminho necessário para melhorar os índices de falhas hospitalares. Apesar de ainda ser frequente a resistência à digitalização por parte de muitas instituições, a experiência de hospitais e operadoras de saúde que já adotaram esse modelo demonstra que o impacto positivo vai além da segurança, alcançando também a sustentabilidade operacional.

O uso de soluções voltadas para a gestão hospitalar e a segurança do paciente tem se mostrado eficaz na otimização de processos e na mitigação de riscos. Ao adotar um sistema automatizado na farmácia hospitalar, por exemplo, é possível garantir que a prescrição médica seja registrada no prontuário eletrônico do paciente e integrada ao sistema de gestão, evitando falhas manuais e assegurando a rastreabilidade do medicamento desde a prescrição até a administração.

O impacto da automação na segurança hospitalar

Ao desenvolver softwares inovadores para facilitar a gestão de instituições da saúde, a MV acompanha os resultados de seus clientes. No Real Hospital Português (RHP), em Recife (PE), por exemplo, os desafios relacionados à subnotificação de quase-falhas levaram à adoção de ferramentas que trouxeram mais precisão e eficiência para a gestão de riscos. Antes da implementação, as intervenções farmacêuticas eram registradas manualmente, tornando o processo demorado e sujeito a erros.

“No RHP, por exemplo, houve um aumento exponencial nas notificações de quase-falhas desde 2022. A otimização de 11% no tempo de registro das notificações e a integração com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) garantiram maior rastreabilidade e segurança nos processos, transformando a maneira como as informações são compartilhadas no hospital e fortalecendo a cultura de segurança do paciente”, explica Jeferson Sadocci, diretor corporativo de mercado e cliente da MV, empresa responsável pela implementação da solução.

A transformação digital também tem sido um diferencial na Unimed Sorocaba e Unimed Sudoeste Paulista, no interior de São Paulo. As instituições firmaram um acordo de cooperação para compartilhar tecnologia e serviços, otimizando custos assistenciais e administrativos. A iniciativa possibilitou a criação de um cadastro único e a integração de sistemas, promovendo eficiência e melhor experiência para os pacientes.

Outro exemplo de inovação vem do Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo (SP), o primeiro hospital público estadual da América Latina a receber certificação internacional de hospital digital. A digitalização do hospital, conduzida pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês em parceria com a MV e a TechInPulse, gerou impactos significativos, como a eliminação do uso de papel, resultando em uma economia estimada de R$ 250 mil por ano, além de uma melhoria de 30% no tempo de administração de medicamentos. A iniciativa também garantiu mais de 90% de compliance na rastreabilidade dos processos, promovendo maior eficiência e segurança no atendimento. Com a adoção do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), o hospital melhorou a detecção precoce de complicações e reforçou a precisão das prescrições, consolidando-se como referência na transformação digital do SUS.

“A digitalização na saúde não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para garantir a segurança do paciente e a eficiência da assistência. Instituições que já investiram em tecnologia colhem os benefícios de processos mais ágeis, redução de erros e maior controle sobre a jornada do paciente”, analisa Sadocci.

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