Combustível baseado em nanotecnologia com aditivos de última geração promete reduzir em 50% a emissão de poluentes
Em um setor no qual os custos com combustível, especialmente o diesel, representam o principal peso para 81,5% das transportadoras de cargas, segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), e podendo chegar a mais de 35% do custo operacional total, conforme a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), otimizar o abastecimento tornou-se uma prioridade estratégica. Para as transportadoras que buscam maior competitividade e sustentabilidade, investir em combustíveis mais eficientes e em plataformas de monitoramento em tempo real pode ser decisivo para reduzir os custos e, consequentemente, o preço final do frete.
Para Kassio Seefeld, CEO da TruckPag, startup de meios de pagamento com soluções completas para frotas pesadas, um dos fatores que mais tem potencial de fazer diferença no mercado é o uso de diesel com aditivos de última geração, que prometem melhorar o rendimento do motor e reduzir a emissão de poluentes. “Essa tecnologia pode resultar em menor acúmulo de resíduos no motor e maior durabilidade dos componentes. Mas, a eficiência do combustível depende não só da sua composição, mas de como ele é utilizado. Com uma gestão estruturada, as transportadoras conseguem controlar melhor o consumo, evitar desperdícios e tomar decisões com base em dados concretos”, explica.
Com o uso de ferramentas que permitem que os gestores acompanhem de forma centralizada todos os abastecimentos da frota e análise de dados em tempo real, é possível identificar padrões de consumo, planejar rotas com mais eficiência e avaliar o desempenho de combustíveis de alta performance como o diesel aditivado.
Hoje, o transporte de cargas é fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil. Segundo a pesquisa Valor Setorial Logística de 2023, as rodovias brasileiras foram responsáveis por 63,4% do volume total de cargas transportadas. Com isso, para Seefeld, olhar para a eficiência operacional das transportadoras é uma questão de macroeconomia.
“Um dos pontos que formam o cálculo do preço do frete é a quantidade de quilômetros rodados e, claro, nessa conta entra o consumo de combustível. Ou seja, é essencial contar com um sistema completo, que vá desde a escolha do combustível até o acompanhamento estratégico de seu uso. Essa visão integrada garante mais controle, segurança e economia para as transportadoras”, completa o executivo.