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Transporte público importa mais para ocupantes corporativos no Rio de Janeiro do que em São Paulo

Transporte público importa mais para ocupantes corporativos no Rio de Janeiro do que em São Paulo / Foto: Adi Goldstein / Unsplash Images
Foto: Adi Goldstein / Unsplash Images

Estudo da JLL aponta que imóveis próximos a trens e metrôs são mais requisitados na capital carioca

No mercado imobiliário, a localização é um dos fatores mais importantes na hora de escolher um imóvel. Porém, este conceito ganha critérios diferentes nas principais capitais do país. De acordo com estudo realizado pela JLL, no Rio de Janeiro, os ocupantes corporativos preferem empreendimentos que estejam cercados por infraestrutura de transporte público em comparação com São Paulo.

O “Estudo Geográfico de Ocupação Corporativa – Transportes Públicos” aponta que 75% das locações realizadas na capital carioca no 2º trimestre de 2023 foram concluídas em edifícios localizados a 250 metros da rede de VLT e/ou metrô. Se o raio for expandido para 500 metros, o volume sobe para 92% das negociações. Em São Paulo, o cenário é um pouco diferente. Mais de um terço do volume de absorções (31%) está dentro do raio de 500 metros de distância do metrô, e 61% concentradas em imóveis corporativos de alto padrão que ficam a um raio de até 1 km.

Esse comportamento se deve a alguns fatores. O primeiro deles é a taxa de vacância de cada cidade – 36,5% no Rio de Janeiro e 25,5% em São Paulo. “No Rio, os locatários têm mais opção de escolha porque há mais estoque vago. Esse fator se acentua ainda mais se levarmos em conta que regiões nobres de São Paulo possuem vacância baixa, como Faria Lima (7%) e Paulista (17%)”, avalia Yara Matsuyama, diretora de locações da JLL.

Outro ponto importante é a complexidade do transporte urbano em cada uma das capitais. “Como a oferta de imóveis é mais pulverizada, os ocupantes em São Paulo têm um olhar mais intermodal, preocupando-se com a integração da infraestrutura do transporte público – corredores de ônibus e metrô – com o acesso via transporte individual e com oferta de ciclovias, por exemplo. Muitas empresas também têm mostrado interesse em edifícios que possuem bicicletários e vestiários”, explica a executiva.

A boa localização do novo estoque

São Paulo tem como previsão receber 320,9 mil m² de edifícios corporativos de alto padrão até 2025. Dos 25 prédios que já estão em construção, 16 estão se localizam dentro do raio de 1km de estações de trem ou metrô – aproximadamente 64%. Seguindo essa tendência, a partir de 2024, apenas um novo empreendimento não estará perto da infraestrutura de transporte público.

“Isso mostra que os desenvolvedores e os proprietários estão atentos às características da cidade e aos desejos dos ocupantes. Além de buscarem por terrenos bem localizados, próximos a eixos corporativos reconhecidos, há também um olhar para regiões que estão recebendo nova malha viária, como é o caso de Moema”, esclarece Matsuyama.

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