O trabalho em conjunto entre a cadeia produtiva e a logística é fundamental para garantir a qualidade e eficiência dos serviços
Ao longo do último ano, o Paraná foi referência na temática dados econômicos. De acordo com o Banco Central do Brasil, o estado foi o que mais cresceu em 2023 com um aumento de 9,1% no acumulado entre janeiro e outubro em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso, o PIB paranaense do ano passado cresceu o dobro da média nacional, com alta de 5,8%.
Entre os dados mais recentes, segundo o balanço levantado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o estado bateu recorde de exportações no 1º quadrimestre de 2024, com US$7,47 bilhões. Entre as mercadorias mais vendidas estão a soja em grão, carne de frango e farelo de soja.
De todos os setores envolvidos nas operações que fizeram o Paraná ter destaque, o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) teve papel fundamental na logística de escoamento dessas mercadorias para destinos nacionais e internacionais.
Segundo o diretor de Contêineres e Portos do SETCEPAR (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná), Luiz Gustavo Nery, o crescimento significativo nas exportações têm um impacto direto no setor de Transporte Rodoviário de Cargas, visto que o principal modal para escoamento dessa produção é o rodoviário. “Não há como falar em recordes de exportação, sem citar o TRC, eles caminham juntos. Com mais produtos sendo exportados, a demanda por transporte rodoviário aumenta, impulsionando a atividade logística e a necessidade de eficiência nas operações de transporte de cargas”, explica.
Para garantir que os produtos cheguem com segurança e qualidade aos destinos, é muito importante que a cadeia produtiva e logística trabalhem em conjunto, com qualidade e eficiência. Nery explica que, nos últimos anos, as empresas de transporte estão buscando uma maior profissionalização e também realizando maiores investimentos em tecnologia. “Essas ações têm possibilitado o aprimoramento de rotas, melhor aproveitamento de cargas, redução do tempo de entrega, a utilização de tecnologias de rastreamento em tempo real e a capacitação constante dos colaboradores”, conta.
Com o resultado recorde de exportações, o Paraná manteve-se na liderança da região Sul do país. No cenário nacional, o estado ocupa a quinta colocação, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Para Nery, estar nessa posição é um marco significativo e um indicador do vigor econômico do estado e da capacidade de competir em mercados globais. “Este resultado destaca a eficiência da infraestrutura logística do estado e a competência das empresas locais em gerenciar operações complexas de comércio exterior. Para o TRC, isso se traduz em oportunidades de crescimento, maior demanda por transporte e expansão do nosso segmento”, afirma.
Quanto mais demandas, maiores são os desafios da manutenção do serviço de qualidade ofertado. Para isso, é necessário que todos os setores envolvidos busquem soluções para otimizar processos e continuar crescendo.
Para o diretor do SETCEPAR, o setor transportador precisa continuar a fortalecer suas alianças estratégicas e estar preparado para as mudanças do mercado, tal como a reforma tributária, transição energética e adoção da inteligência artificial nos negócios, que serão as pautas principais nos próximos anos. “O TRC precisa continuar se profissionalizando e acreditando no potencial que nosso país e estado possuem. O Paraná é um grande corredor de exportação e isso precisa continuar sendo valorizado pelas empresas exportadoras e pelo mercado internacional, pois quanto mais investimentos tivermos em nosso estado, mais geradores de emprego seremos”, finaliza.