Executivas explicam sobre o que é importante analisar para alcançar os objetivos do negócio nos últimos seis meses do ano
Junho chegou. Último mês do primeiro semestre do ano, hora de correr atrás para bater as metas ainda não atingidas e se preparar para os próximos seis meses que virão. Neste sentido, gestores e empreendedores devem ter ciência dos pontos fortes e fracos do seu negócio, assim como as oportunidades e ameaças externas, para que a empresa prospere e ganhe espaço no mercado. Para isso, é preciso ter objetivos bem estruturados, que sejam mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
Nesse cenário, o planejamento estratégico funciona como um guia para alcançar esses resultados, principalmente em fases chaves, como troca de trimestre ou semestre. Essa ferramenta crucial permite que as organizações não apenas estabeleçam metas claras a curto prazo, mas também ajustem suas estratégias conforme necessário para alinhar-se com as tendências do mercado e as demandas dos clientes.
Um estudo da Harvard Business Review publicado no ano de 2020, mostra que empresas que investem tempo em planejamento estratégico têm 30% mais chances de alcançar seus objetivos de negócios. Isso se deve ao fato de que um plano bem estruturado permite identificar e mitigar riscos, além de alocar recursos de maneira mais eficiente.
Para Luciana Carvalho, CEO da Chiefs.Group, o planejamento não deve ser visto apenas como uma atividade anual, mas como um processo contínuo de ajuste e melhoria. A CEO pontua que “é fundamental criar uma gestão de acompanhamento, para criar planos de ação e ajustar estratégias rapidamente para que o objetivo seja alcançado”.
Outro ponto destacado por Luciana é a importância do envolvimento de toda a equipe no processo de planejamento. “Quando todos os membros da equipe entendem e compram a visão e as metas da empresa, a execução se torna muito mais eficaz, uma vez que todos estarão priorizando o que realmente importa para o negócio”.
Já Nino Vashakidze, cofundadora e CFO da Melvi Saúde, explica que as métricas devem refletir os objetivos de curto e longo prazo da empresa, levando em consideração o modelo de negócio, mercado em que atua e estágio de maturidade.
“Negócios mais maduros tendem a priorizar métricas como receita bruta, EBITDA (soma dos lucros da empresa antes de subtrair os juros, impostos, depreciação e amortização), margem líquida, entre outros. Mas para startups early stage, por exemplo, as prioridades são diferentes e isso deve estar muito claro no momento que forem revistar o planejamento”, comenta.
A executiva complementa explicando que a empresa não deve ficar “presa” com custos incorridos. “Se faz muito sentido para o negócio, tudo bem mudar ou adicionar prioridades. Às vezes ficamos enviesados com o que já foi feito ou investido no passado. Para decidir como ir em frente, isso não deveria ser um limitante. O que importa é que faz sentido para o futuro”.
Por fim, ambas dizem que o principal ponto é determinar quais serão os indicadores que garantirão a eficiência de que esse plano está funcionando.