Um em cada três brasileiros das classes A e B já tem conta em moeda estrangeira, mostra pesquisa C6 Bank/Ipsos-Ipec

Foto por: Ibrahim Boran/ Unsplash Images
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Em três anos, parcela de brasileiros com conta global passou de 12% para 31% nas classes com renda mais alta

As contas em moeda estrangeira ganharam espaço entre os brasileiros nos últimos três anos. Os resultados da mais recente pesquisa encomendada pelo C6 Bank à Ipsos-Ipec mostram que 31% dos entrevistados das classes A e B mantêm uma conta com saldo em moeda estrangeira (dólar ou em euro, por exemplo). Em 2022, quando o levantamento foi realizado pela primeira vez, o percentual era de 12%. O aumento de 19 pontos percentuais na parcela de brasileiros de alta renda que passaram a ter uma conta em moeda estrangeira reflete uma mudança no mercado e no comportamento da população. Ao considerar apenas a classe A, o avanço é ainda maior no período – de 21% para 45%.

Nos últimos anos, as chamadas contas globais deixaram de ser um privilégio restrito a grandes investidores e empresas para se tornarem uma opção cada vez mais acessível. O avanço foi impulsionado pela digitalização dos serviços financeiros, pela ampliação da concorrência e por mudanças regulatórias que simplificaram a oferta desses produtos. Hoje, é possível abrir e movimentar contas em diferentes moedas de forma rápida e com tarifas mais competitivas. A facilidade atrai principalmente pessoas com idade entre 25 e 34 anos. Nessa faixa etária, a adesão à conta global é de 41%.

Entre os brasileiros das classes A e B que possuem contas globais, os objetivos de uso desse serviço são variados: gastar em viagens ao exterior (36%), investir em ativos estrangeiros (33%), juntar dinheiro para viagens futuras (33%) e economizar (30%). Contas globais, em geral, têm custos mais baixos em comparação a outras opções, como o cartão de crédito.

Questionados a respeito do aumento recente na alíquota do IOF sobre operações de câmbio, 79% dos entrevistados disseram estar a par das mudanças. Entre os que sabem da mudança e possuem conta global, metade afirmou que considera mudar os planos de uso da conta por causa do imposto. Outros 36% afirmaram que não mudariam os planos de uso e 14% disseram não ter entendido o impacto da medida sobre a conta com saldo em moeda estrangeira.

A pesquisa C6 Bank/Ipsos-Ipec ouviu, de forma online, 1.000 brasileiros a partir de 16 anos de idade das classes A e B de todas as regiões do Brasil, entre os dias 16 e 23 de julho de 2025. A margem de erro é de três pontos percentuais.

 

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