Vazamentos de dados não são mais exceção: como a arquitetura open lakehouse ajuda a prevenir e reagir

Foto por: Zheng Yang/ Unsplash Images
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Confira artigo de Cesar Gomes, Vice-Presidente da Cloudera para o Brasil

Vivemos um momento em que a pergunta deixou de ser “se vai haver um vazamento de dados” para se tornar “quando ele ocorrerá”. Em julho de 2025, o Brasil enfrentou mais um episódio alarmante: a exposição de mais de 46 milhões de chaves Pix, envolvendo informações de 11 milhões de pessoas. O vazamento, confirmado pelo Banco Central e pelo Conselho Nacional de Justiça, ocorreu por meio do sistema Sisbajud, plataforma que cruza dados de instituições financeiras com o Poder Judiciário. Embora não tenham sido divulgados extratos ou senhas, os dados expostos, como nome, CPF, número da agência e tipo de conta , já são suficientes para facilitar fraudes e golpes de engenharia social.

Cesar Gomes, Vice-Presidente da Cloudera para o Brasil
Cesar Gomes, Vice-Presidente da Cloudera para o Brasil

O caso ocorreu poucas semanas depois de outro incidente de escala global: um megavazamento que expôs mais de 16 bilhões de credenciais de redes sociais e outras plataformas  e até de sistemas de órgãos públicos. O que observamos  é que grande parte dessas senhas era inédita em bancos de dados públicos, o que indica que as informações são recentes e potencialmente úteis para ataques direcionados. A maior parte dos registros expostos, inclusive, era de usuários de língua portuguesa, com forte impacto no Brasil.

Não se trata de coincidência. À medida que os dados se tornam o ativo mais estratégico para empresas e governos, eles também se transformam no alvo mais valioso para cibercriminosos. O impacto financeiro dessas violações é significativo. Segundo um estudo da IBM, empresas brasileiras sofreram, em média, perdas de R$ 6,75 milhões por incidentes em 2024. Em setores mais sensíveis, como saúde e finanças, os prejuízos ultrapassaram os R$ 10 milhões. Além dos custos diretos, há também o dano à reputação, à confiança do consumidor e, em muitos casos, à continuidade operacional.

Nesse cenário, torna-se urgente repensar a forma como os dados são estruturados, armazenados e protegidos. É aqui que entra o conceito de open data lakehouse, uma evolução das arquiteturas de dados que combina a flexibilidade dos data lakes com a estrutura dos data warehouses. Mais do que uma solução de performance, trata-se de uma estratégia que coloca segurança e governança no centro. Ao permitir o armazenamento unificado de dados estruturados e não estruturados em uma mesma plataforma, com catálogos centralizados, políticas de acesso granular e monitoramento contínuo, o lakehouse proporciona visibilidade total sobre o ciclo de vida dos dados. Isso é fundamental não apenas para prevenir vazamentos, mas também para responder com agilidade quando incidentes ocorrem.

Ao contrário do que muitos pensam, o termo “open” não significa vulnerável. Pelo contrário: a abertura está na interoperabilidade, a capacidade de integrar ferramentas de criptografia, mascaramento de dados, autenticação forte e inteligência artificial para detecção de ameaças em tempo real. Em vez de isolar dados em silos desconectados, o lakehouse permite que eles sejam gerenciados com consistência, mesmo em ambientes híbridos e multicloud. É uma resposta concreta aos desafios de segurança digital que hoje extrapolam as fronteiras da infraestrutura e passam a ser tratados no nível estratégico das organizações.

Além disso, à medida que a inteligência artificial se torna parte do dia a dia das empresas, alimentando assistentes virtuais, copilotos e modelos de decisão autônomos, a integridade dos dados passa a ser condição essencial para o sucesso. Não há IA confiável sem dados confiáveis. E não há dados confiáveis sem governança, rastreabilidade e proteção.

O momento exige que líderes de negócios e tecnologia se unam em torno de uma nova mentalidade: segurança não pode mais ser vista como uma barreira à inovação. Na verdade, ela é o que garante que a inovação seja sustentável. Dados protegidos são a base da transformação digital real. Já há plataformas desenvolvidas para ajudar organizações a lidar com essa nova complexidade com segurança nativa, escalabilidade híbrida e inteligência embarcada para antecipar riscos e proteger o que há de mais valioso nas empresas: seus dados.

Os recentes episódios de vazamento só reforçam uma verdade incontornável: quem quiser competir no mundo digital precisa, antes de tudo, garantir que seus dados estejam seguros.

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