A reumatologista Dra. Giovana Gabriela Koptain e o psiquiatra Dr. Marcel Fúlvio Padula Lamas, ambos do Hospital Albert Sabin, explicam tudo sobre o assunto
A fibromialgia é caracterizada por dor generalizada e persistente nos músculos e/ou articulações. Não possui uma causa específica, porém, é sabido que há envolvimento genético e ambiental. Estudos recentes indicam que o estresse crônico pode agravar de maneira significativa o desenvolvimento da doença em indivíduos predispostos.
“Embora a enfermidade não seja de origem exclusivamente emocional, a depressão, ansiedade e traumas psicológicos podem desempenhar papel importante na manifestação e no desenvolvimento da fibromialgia, afetando o sistema neuroendócrino e imunológico”, diz o Dr. Marcel Fúlvio Padula Lamas, psiquiatra do Hospital Albert Sabin (HAS).
Além de fatores emocionais, outras causas podem funcionar como “gatilho” na manifestação da fibromialgia, tais como:
- Infecções virais;
- Traumas físicos;
- Distúrbios no sono;
- Sedentarismo;
- Mudanças hormonais;
- Estresse físico ou emocional.
Quando em crise, a doença pode durar horas, dias ou até semanas, tendo como principal sintoma a dor difusa pelo corpo.
“Os maiores sintomas são a sensibilidade ao toque, sono não reparador, fadiga excessiva, cefaleia, alterações drásticas de humor e distúrbios nas funções cognitivas”, afirma a Dra. Giovana Gabriela Koptain, reumatologista do HAS.
Os tratamentos são diversos, incluindo medicamentos como antidepressivos, analgésicos e anticonvulsivantes. Contudo, a principal forma de controlar a doença é com a prática de atividade física e, exceto em caso de alguma contra indicação, deve sempre fazer parte do tratamento.
“Por tratar-se de uma doença física, mas o caráter emocional é muito marcante, portanto é imprescindível que o acompanhamento seja multidisciplinar, ou seja, com diversos especialistas envolvidos, tais como psiquiatras, psicólogos, reumatologistas e fisioterapeutas”, explica o Dr. Padula.
Por ser uma doença que não existe cura, o diagnóstico precoce é de grande valia para o tratamento dos sintomas, como dores, limitações físicas e outros.
“A boa notícia é que, com a abordagem terapêutica correta, hoje em dia conseguimos proporcionar uma vida normal ao paciente portador de fibromialgia, sem que esse se prive dos afazeres do cotidiano”, conclui a Dra. Giovana.