Muito antes da DeepSeek, Amazônia IA já se destacava fora do eixo das big techs e agora marca nova revolução em tendências tecnológicas para IA
Muito antes de todo o barulho feito pela chegada da DeepSeek, o Brasil já havia deixado sua marca na produção de LLMs fora do eixo das big techs. Desde 2024, o Brasil já está no mapa de países capazes de construir modelos de inteligência artificial com custos otimizados e uma performance que impressiona. Agora lança três novos modelos revolucionários que prometem transformar globalmente e de forma definitiva a interpretação das IAs sobre dados de voz, imagem, tradução e entendimento de sentimento.
A WideLabs, empresa de inteligência artificial responsável pela criação do Amazônia IA, um modelo robusto lançado em julho de 2024 na 5ª Conferência de Ciência e Tecnologia, em Brasília, volta à cena com 3 novos modelos de IA que se unem às funcionalidades da Amazônia IA. Se o modelo original traz o nome da nossa maior floresta, os três novos modelos rendem homenagens à nossa fauna. Guara, Harpia e Golia são os nomes que vão ampliar a família. E as expectativas são altas!
A primeira API da lista é o Guara. Um modelo de IA avançado focado em transcrever áudios em português brasileiro, sendo capaz de entender sotaques, gírias e termos regionais. Os testes de benchmarks apontam o Guara como sendo o melhor modelo do mundo para língua portuguesa, o que, na prática, pode revolucionar agentes que usam áudio para atendimento ao público, transcrição de palestras, audiências entre diversos outros casos de uso onde a língua falada é o centro da ação.
A segunda API é a Harpia, que é um modelo multimodal avançado treinado em entender textos e imagens, podendo analisar documentos gráficos, reconhecer texto em múltiplos idiomas e apresentar raciocínio matemático visual. Por fim, a WideLabs apresenta Golia, um modelo pequeno e ágil de baixo custo para as mais diversas finalidades. Oferece qualidade sem igual em traduções, resumos e análises de sentimentos.
“Estamos em uma época do desenvolvimento dos LLMs em que temos acesso a novas funcionalidades, aprimoramentos, barateamentos nos custos de desenvolvimento e produção e, acima disso, avanços e resultados cada vez melhores, o tempo todo. Essa é a época da ascensão das IAs, porque além de ter IAs disponíveis, precisamos que elas atendam a diversas funções diferentes, em contextos diferentes”, explica Nelson Leoni, CEO da WideLabs. “No Brasil, somos muito diversos, possuímos uma língua muito rica, que se transforma de região para região, de bairro para bairro, com gírias e maneirismos que são típicos de pessoas de idades diferentes, entre outras coisas. Uma IA que entenda voz não pode ficar presa à versão formal da linguagem, ela precisa ir além”, completa.
Para Leoni, as novas funcionalidades trazidas pela Guara, Harpia e Golia são evoluções naturais que continuarão a acontecer, graças ao dinamismo do próprio mercado e das necessidades cada vez mais específicas das pessoas.
“Nas últimas semanas, vimos o impacto do DeepSeek no mercado, e devemos nos habituar a esses impactos ocorrendo cada vez mais, já que locais diferentes possuem necessidades, demandas, limitações e obstáculos variados, o que impele seus desenvolvedores a serem criativos de formas cada vez mais interessantes. No Brasil não é diferente, e por isso que a Amazônia IA é tão boa no que faz, se mantendo no patamar de qualidade dos players mais famosos do mercado. Além disso, sem ser insuficiente a nenhuma outra IA, representamos um movimento de democratização da IA, com foco em ser adequada ao nosso público e cultura”, finaliza Leoni.