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Zurich no Brasil aposta em dados e cenários até 2100 para orientar decisões de negócio

O jornalista William Anthony, do Universo do Seguro, e Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil / Foto: Divulgação
O jornalista William Anthony, do Universo do Seguro, e Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil / Foto: Divulgação

No Podcast Universo do Seguro #021, Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil, explica como dados e modelagens apoiam empresas, corretores e poder público a construir resiliência e continuidade operacional

Enchentes que paralisam regiões inteiras, ondas de calor prolongadas, vendavais e queimadas fora de época. Para Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil, a discussão deixou de ser “se” e passou a ser “quando” – e, principalmente, “como se preparar”. “A mudança climática não é coisa do futuro; ela já aconteceu”, afirma no episódio #021 do Podcast Universo do Seguro. “Não discutimos mais se há mudança climática, e sim como nos proteger e atravessar a transição com o menor impacto possível”, acrescenta Santana.

O caso do Rio Grande do Sul, que levou semanas para retomar atividades após as cheias, ilustra a dimensão do problema: sinistros mais frequentes e severos, cadeias logísticas interrompidas e lucro cessante. Para o mercado segurador, o efeito é direto na subscrição e no atendimento. Para empresas, é a diferença entre paralisar ou voltar rápido à operação.

Climate Spotlight: a plataforma que saiu do “backoffice” para o mercado

A Zurich abriu ao público a ferramenta Climate Spotlight, antes restrita aos times internos. A solução cruza dados históricos de sinistros da companhia com bases públicas e globais sobre perigos naturais, permite analisar um endereço ou portfólios inteiros e projeta 12 riscos (como alagamento, vendaval, granizo, raios e elevação do nível do mar) com base em cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O resultado são métricas acionáveis – por exemplo, lâmina d’água e recorrência de alagamentos – para guiar adaptações e investimentos. “A ferramenta olha curto, médio e longo prazo. Não é previsão do tempo para amanhã; é exposição e tendência até 2100”, destaca Tiago Santana.

No Climate Spotlight Core, empresas, corretores e consultorias licenciam a plataforma e conduzem a própria análise. No Spotlight Expert, entra a Zurich Resilience Solutions (ZRS): engenheiros visitam operações, simulam perdas e entregam um roteiro de recomendações com CAPEX escalonado – o que fazer agora, em 5, 10 e 30 anos. A lógica é viabilizar a adaptação sem inviabilizar o caixa.

Onde abrir loja? Onde gerar energia? E a rota do caminhão?

Os casos de uso já se multiplicam. Varejistas comparam endereços antes de abrir lojas; projetos de energia renovável cruzam tendência de insolação, vento e recursos hídricos; transportadoras ajustam rotas para reduzir exposição a granizo e alagamento. No setor público, Defesa Civil e prefeituras usam as projeções para mapear áreas críticas e desenhar planos de emergência por bairro, rodovia ou bacia.

Santana é direto: “poucas empresas estão prontas”. O caminho começa por mapear pontos críticos (máquinas essenciais, fornecedores, estoques e pessoas), escolher cenários prioritários e ensaiar a resposta. Quando o evento acontece – e ele vai acontecer -, a organização já sabe quem aciona o quê, em que ordem e com quais recursos, reduzindo a duração da parada e os danos reputacionais.

Da prancheta à IA: a engenharia de riscos mudou de ritmo

A essência da análise continua a mesma, mas a operação virou outra. Se antes relatórios levavam semanas, hoje tablets capturam dados em campo, enviam em tempo real e alimentam modelos analíticos que aceleram a subscrição e a tomada de decisão. A inteligência artificial entra para vasculhar portfólios, testar cenários e conferir consistência às recomendações.

Para o corretor, o Spotlight é um argumento técnico e comercial: ajuda a ajustar coberturas, a priorizar mitigações e a conduzir uma conversa de negócio – não apenas de preço. A orientação é usar a ferramenta para insights (especialmente em prospecção), preservando a confidencialidade dos dados e elevando o nível da proposta de valor. “Queremos ser parceiros de negócio, não apenas prestadores de serviço”, reforça Tiago Santana.

Serviço

Podcast Universo do Seguro #021Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos, Zurich no Brasil

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