Jefferson Ribeiro analisa o impacto da medida para a economia brasileira e às famílias
O texto do empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no dia 3 de Agosto.
O programa reúne políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda – com relação à possibilidade de acesso ao crédito pessoal já disponível aos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), servidores públicos e trabalhadores.
As famílias que receberem o auxílio poderão comprometer até 40% do benefício com empréstimos, o que equivale a R$ 160,00 dos atuais R$ 400,00. A Câmara dos Deputados aprovou no dia 29 de junho a MP (Medida Provisória) 1.106/2022, que amplia o limite de crédito consignado para a maior parte dos assalariados e estendeu a modalidade aos segurados do INSS que recebem BPC (Benefício de Prestação Continuada), RMV (Renda Mensal Vitalícia), além dos beneficiários do Auxílio Brasil.
Jefferson Ribeiro, fundador da Escola Aprova Bancários, analisa que a liberação desse crédito pode causar um impacto positivo para a economia do país.
“Há um componente de risco, que é a liberação de crédito, gerando um déficit inflacionário. Mas, no mesmo sentido, irá aumentar a atividade econômica, evitando a recessão”, diz.
Recuperação econômica
Para Jefferson, a medida que estende o empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil representa um novo aporte aos bancos e, principalmente aos correspondentes bancários.
O correspondente bancário atuaria como uma empresa contratada por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.
“O empréstimo seria facilitado através do correspondente, não seria necessário, por exemplo, ir até a agência”, explica.
Mesmo com o avanço da digitalização intensificado pela pandemia, ainda existem 34 milhões de brasileiros sem conta bancária ou que a usam com pouca frequência. Dados de um estudo exclusivo do Instituto Locomotiva
“As agências são bem mais passivas, normalmente os clientes vão até os bancos. O correspondente pode ser especialista da sua região e informar as pessoas. Até hoje muitas pessoas não sabem ainda do consignado”, finaliza Jefferson.