Abertura foi marcada por discursos relevantes, homenagens e anúncios que reforçaram o papel estratégico dos corretores para o desenvolvimento econômico e social
Entre os dias 10 e 12 de outubro de 2024, o Rio de Janeiro sediou o Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, promovido pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). O evento reuniu grandes lideranças do setor público e privado, consolidando debates sobre regulação, inovação e o futuro do mercado de seguros no Brasil. A cerimônia de abertura foi marcada por discursos relevantes, homenagens e anúncios que reforçaram o papel estratégico dos corretores para o desenvolvimento econômico e social.
Homenagem a Henrique Brandão e o anúncio de nova tradição para o evento
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), Ricardo Garrido, abriu o evento com uma homenagem a Henrique Brandão, ex-presidente da entidade, falecido em janeiro de 2024. Garrido destacou o legado de Brandão e anunciou uma importante decisão em parceria com o presidente da Fenacor, Armando Vergílio: a partir desta edição, o Congresso será realizado exclusivamente no Rio de Janeiro.
“É com grande alegria que comunicamos essa mudança. A nossa cidade maravilhosa agora será a casa permanente desse evento de referência para os corretores de seguros”, afirmou Garrido, emocionando os participantes.
O anúncio foi complementado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que destacou os feitos do Rio de Janeiro como estado, como a retomada do protagonismo no turismo nacional, ao enfatizar a importância de encontros como o Congresso da Fenacor e da indústria seguradora para o desenvolvimento do país.
Fernando Haddad evidencia contribuições com o setor de seguros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discursou sobre o impacto da Tabela Fipe na estabilidade do mercado automotivo e compartilhou bastidores da construção dessa referência. Haddad também enfatizou a importância da regulamentação das associações cooperativas, que promete trazer mais segurança ao mercado:
“Estamos integrando mais de três mil associações ao sistema regulado, oferecendo previsibilidade e confiança aos consumidores. A formalização das cooperativas é um passo essencial para a evolução do setor de seguros no Brasil”.
Ronaldo Caiado: crescimento com ajuste fiscal e reforma administrativa
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou a importância de um ambiente econômico equilibrado, defendendo cortes de despesas e reformas estruturais: “O ajuste fiscal não deve ser feito com aumento de impostos, mas com redução de gastos. Precisamos de uma administração pública eficiente para liberar espaço à iniciativa privada”.
Caiado também enalteceu a posição de Goiás como referência em seguros de transporte e agropecuária, mencionando que o estado oferece os menores valores de seguro automotivo do país.
Dyogo Oliveira e o crescimento do setor de seguros no Brasil
O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, trouxe uma mensagem otimista sobre o avanço do mercado segurador, que representa 6% do PIB nacional e emprega quase 300 mil pessoas: “O setor de seguros cresce a dois dígitos e, mais do que nunca, é hora de demonstrar a força da nossa indústria para a sociedade”.
ENS inova no no ensino de seguros
Lucas Vergílio, presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), reforçou o compromisso da instituição em preparar os profissionais para o futuro do setor. Segundo ele, a ENS vive um momento de renovação, alinhado às transformações tecnológicas e regulatórias.
“A ENS está na vanguarda da capacitação, oferecendo programas inovadores que acompanham o dinamismo do mercado. Inteligência artificial e sandbox são apenas alguns dos temas que estamos abordando para formar os novos protagonistas desse mercado”, revelou Lucas.
ANS e Susep reforçam o papel regulador no setor de seguros e saúde
O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho, ressaltou o trabalho da agência na superação dos desafios da saúde suplementar, reconhecendo o papel fundamental dos corretores na expansão do setor.
Já o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, citou a importância de ampliar a penetração do seguro no Brasil: “Temos um mercado com grande potencial inexplorado. É preciso fortalecer a cultura de seguros para garantir proteção aos cidadãos e oportunidades para os corretores”.
Importância da união entre corretores, seguradoras e órgãos reguladores
Armando Vergílio, presidente da Fenacor, destacou a importância da união entre corretores, seguradoras e órgãos reguladores para fortalecer o mercado e ampliar a penetração do seguro no país. “Nós temos um imenso potencial, mas pouca penetração. Precisamos fazer do Brasil um mercado de seguros à altura do país”, analisou. Ele também celebrou a inclusão das cooperativas e associações ao sistema regulatório como um passo essencial para democratizar o acesso ao seguro. Sobre a escolha do Rio de Janeiro como sede fixa para futuras edições, completou: “Essa é uma decisão estratégica, que reforça nosso compromisso em promover debates que beneficiem tanto o mercado quanto os consumidores”.
Neste sentido, o 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros reafirmou a relevância estratégica do setor para a economia brasileira e proporcionou um espaço para discussões fundamentais sobre o futuro da indústria. A participação de lideranças nacionais e o compromisso com a inovação e regulação demonstraram que o setor está preparado para enfrentar os desafios e continuar crescendo.