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5 vantagens da Inteligência Artificial no setor de saúde

Andrey Abreu, diretor de Tecnologia da MV / Foto: Divulgação
Andrey Abreu, diretor de Tecnologia da MV / Foto: Divulgação

Tecnologia promissora tem se tornado destaque em numerosas instituições de saúde, mas sem substituir a atuação médica

É perceptível o impacto da Inteligência Artificial na transformação do mundo, nos negócios e na forma como interagimos. Cada vez mais, essa tecnologia cresce e interfere positivamente em diversos setores. De acordo com pesquisa da Markets and Markets, o mercado de IA crescerá US$ 190 bilhões até 2025 na área da indústria. Em relação ao setor de saúde não é diferente, pois a área foi uma das que mais obteve um grande impacto com a IA: um estudo da Forrester comprova esse crescimento ao concluir que os principais aplicativos de IA de saúde clínica podem potencialmente gerar US$ 150 bilhões em economia geral para a economia da saúde nos EUA até 2026.

“A tecnologia pode aprimorar o diagnóstico, agilizar a triagem do paciente, auxiliar no trabalho dos médicos, no controle de farmácias, entre outras funções, ou seja, pode ser usada como um grande apoio em prol da saúde”, afirma Andrey Abreu, diretor de Tecnologia da MV, multinacional focada na transformação digital na saúde.

Abaixo, o especialista Andrey Abreu lista 5 possibilidades de aplicação da Inteligência Artificial (IA) nas instituições de saúde. Confira:

1. Auxiliar na complementação de informações para o prontuário do paciente

Utilizado em diversos estabelecimentos de saúde, o prontuário eletrônico é um registro digital que armazena todas as informações dos pacientes, incluindo históricos, queixas, diagnósticos e tratamentos. É uma ferramenta muito importante para as equipes de enfermagem e médicos acompanharem a evolução do estado de saúde do indivíduo e das ações realizadas. À medida que as consultas e atividades de cuidado vão ocorrendo, a IA poderia compilar a conversa entre profissional de saúde e paciente, sem perder detalhes importantes para a linha de tratamento e diagnóstico, criando, assim, uma espécie de banco de dados personalizado, eliminando a necessidade do médico precisar anotar tudo. “A ferramenta ajuda muito neste processo para o médico não perder nenhum detalhe e poder armazenar as particularidades do que foi relatado, poupando seu trabalho braçal. Isso possibilitaria uma análise segura e a tomada de decisão com praticidade e precisão”, ressalta Abreu.

2. Gerar dados e alertas no tratamento do paciente

A IA também pode ser usada para gerar alertas e colaborar com o monitoramento do tratamento. Segundo Andrey Abreu, os alertas são importantes, podendo envolver os horários para ministrar medicamentos, a medição da pressão e sinais vitais, o desenvolvimento dos devidos procedimentos para avaliar o estado do paciente, entre outros. “Se um paciente está com dores que não foram amenizadas com determinados medicamentos, é sinal que pode se tratar de um caso mais agudo, como uma infecção ou outras doenças mais graves, por exemplo. Os alertas podem ajudar a captar os sinais e a IA poderia sugerir o motivo pelo qual o paciente não está melhorando, auxiliando os médicos no diagnóstico preciso”.

Outro ponto importante está no cruzamento entre a prescrição de medicamentos e a aplicação dos remédios dispensados, o que pode ser avaliado através da farmácia dos hospitais. Caso o medicamento volte para a farmácia, a IA criaria um alerta, e através do cruzamento com os alertas clínicos, sugerir os motivos deste ter retornado e de não ter sido utilizado. Isso evita que os medicamentos sejam devolvidos por engano e, consequentemente, que os pacientes sejam prejudicados.

3. Apoiar a medicina de precisão

A Inteligência Artificial colabora também no registro dos medicamentos, indicando os mais eficientes para um devido tratamento, dando opções para o médico observar o que seria melhor. A medicina de precisão alia os dados já convencionalmente utilizados para diagnosticar sinais, sintomas, história pessoal/familiar e exames complementares amplamente utilizados – ao perfil genético do indivíduo e a IA deixa o trabalho mais fluido para o médico e mais assertivo para os pacientes.

4. Auxiliar na decisão clínica

O médico tem como uma das principais tarefas diagnosticar uma doença diante de diversos sintomas e situações de cada paciente e precisa observar qual das opções é a mais provável em cada caso. Com a facilitação na criação de relatórios e prontuários eletrônicos, a Inteligência Artificial colabora com as opções mais previsíveis de acordo com cada condição, ajudando o médico a decidir qual resultado é o mais pertinente e certeiro. “A IA pode ajudar tanto na decisão de medicamentos que podem causar efeitos positivos ou negativos no paciente, quanto dar as opções do que o paciente pode ter. Baseado em dados de exames, ele cria hipóteses clínicas para assim, o médico decidir. Apesar disso, o médico é quem deve diagnosticar, pois a IA é uma ferramenta para apoiar e não para substituir a atividade médica”, explica o diretor de Tecnologia da MV.

5. Ajudar na prevenção de início de epidemias

A IA tem a capacidade de criar um perfil epidemiológico em que é feita uma análise para identificar o quadro geral de uma população específica, criando, assim, uma medicina preventiva. “por exemplo ao atender cerca de 10 pacientes de uma mesma região com o mesmo quadro de saúde, pode ser o sinal de identificação do início de uma epidemia”, explica o especialista.

Para finalizar, Andrey Abreu ressalta que as ferramentas de Inteligência Artificial podem colaborar com acertos, mas também é passível a erros. Existe uma via entre o médico e a IA, onde o olhar humano é imprescindível, principalmente para diagnóstico do paciente. “A Inteligência Artificial vem para aprimorar, mas não vai substituir o trabalho do ser humano. É muito importante que haja uma curadoria das informações e decisões que a inteligência está indicando”, pontua.

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