Evento ocorre em setembro, trazendo lideranças globais como Dan Ioschpe, para discutir a inovação no setor e contribuir com soluções para serem levadas à conferência
A COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontecerá em Belém (PA) em novembro, promete ser um momento decisivo para a sustentabilidade global, especialmente em setores como o agronegócio. Por essa razão, o segmento já se movimenta para ser protagonista no encontro. E a Agrotools, maior ecossistema de soluções digitais para o agro, promove a 3ª edição de seu evento proprietário “O Agro do Futuro”, em parceria com o PIT (Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos), para antecipar os debates da COP30, posicionando o agro brasileiro na liderança do assunto climático global.
O encontro acontece em São Paulo, no dia 11 de setembro, com o tema “IA & Dados: as novas fronteiras do agro – preparando o campo para a COP30”. A programação reúne lideranças nacionais e internacionais para mostrar como a inteligência de dados em larga escala e a tecnologia podem responder aos principais desafios do agro atualmente. Entre os confirmados estão Dan Ioschpe, campeão de Alto Nível da COP 30 que apoiará a presidência da conferência, além de altos executivos de empresas nacionais e globais como Itaú BBA, BRF, Vale, IFC, BACEN, Nestlé, Rabobank, Sicred, Sicoob, FS, Syngenta, ComBio, dentre outros.
O fundador e CEO da Agrotools, Sergio Rocha, ressalta que o evento deste ano foi construído estrategicamente alinhado com a COP30. “Além de pautar temas estruturantes nos debates climáticos globais, a ideia é reunir soluções e cases que podem ser levados à conferência como exemplos de boas práticas do Brasil. Mais do que levantar discussões, queremos provocar ações reais, escaláveis e colaborativas, tanto dos setores públicos quanto privados, quanto públicos”, diz.
Temas centrais
Envolvendo projetos concretos e os mais recentes lançamentos do agro no país, os debates, painéis e apresentações do evento serão focados nos seguintes temas:
- Governança territorial: aqui, o objetivo é discutir o território como unidade estratégica da nova economia do agro. Isso inclui posicionar a inteligência territorial como ferramenta-chave para planejamento, rastreabilidade e ESG (sigla para “Ambiental, Social e Governança”), além de mostrar como empresas e governos podem usar dados geoespaciais para gerar impacto climático positivo.
- Open Finance e financiamentos verdes para o campo: neste âmbito, a ideia é entender formas de democratizar o acesso ao crédito com inteligência, segurança e rastreabilidade. A programação visa evidenciar o papel do Open Finance como instrumento de transformação na base da cadeia e provar como os dados estruturados e a IA podem ampliar o acesso a financiamento verde, especialmente para pequenos e médios produtores, bem como outros meios de financiamento verdes em mesmo objetivo.
- O produtor como guardião: por fim, esse tema visa debater maneiras de recolocar o produtor rural como agente central da transição climática no Brasil. Ou seja, a discussão ressignifica a imagem desse profissional, sendo agora uma figura que valoriza práticas regenerativas, possui compromisso ambiental e usa a tecnologia para se reinserir no sistema formal de fornecimento, trazendo também maior rentabilidade para esse produtor certificado.
“Todos os gestores e especialistas que estão redesenhando o futuro do agronegócio entendem a importância de fomentar as trocas sobre a digitalização do campo, que é o grande norte da programação de ‘O Agro do Futuro’, destaca Rocha. “Esperamos não apenas conectar o setor produtivo com os compromissos internacionais, como também fortalecer alianças estratégicas que possam dar origem a mais inovações”, completa.