Mapeamento da Sólides, empresa de tecnologia referência na gestão de pessoas, foi feito com mais de 2.500 profissionais da área de Recursos Humanos e Departamento Pessoal
Estudo inédito da Sólides, referência no Brasil em tecnologia para gestão de pessoas de pequenas e médias empresas (PMEs), mostra que a maior parte das empresas do país ainda tem um longo caminho para fazer com que suas áreas de recursos humanos se tornem estratégicas para o sucesso do negócio. O estudo mostra, por exemplo, que 86% das companhias brasileiras não têm recursos para capacitar seus funcionários. O dado é um dos resultados do Mapa do RH & DP (disponível de forma gratuita aqui), maior estudo do segmento, feito com base em entrevistas com mais de 2.500 profissionais.
O levantamento traz a realidade de empresas de diversos portes e setores da economia, como serviços, comércio, indústria, tecnologia e saúde. Segundo os entrevistados, a falta de investimento é vista em múltiplos aspectos: desde a baixa adoção de tecnologias capazes de aumentar a eficiência da área à falta de ferramentas que ofereçam informações sobre perfil dos funcionários e clima organizacional.
“As pessoas são o principal fator de sucesso de um negócio e desenvolver pessoas é um dos maiores trabalhos de qualquer liderança”, diz Mônica Hauck, cofundadora e CEO da Sólides. “As áreas que cuidam da gestão de colaboradores precisam ser encaradas como fundamentais para o crescimento de qualquer empresa. Nosso estudo é um alerta para isso, é uma ferramenta — carregada de ideias, tendências, dados e informações — para que empreendedores, de qualquer porte ou setor, e profissionais de recursos humanos caminhem cada vez mais nessa direção”.
Tecnologia e processos
O relatório mostra, ainda, a falta de estrutura da gestão de pessoas, com times enxutos e a falta de tecnologia, o que se reflete em aspectos como tamanho das equipes e ausência de processos básicos automatizados. O baixo uso de softwares no RH e DP na gestão de pessoas é um dos pontos de destaque do estudo da Sólides: apenas 30% das pequenas empresas brasileiras (com até 49 funcionários) adotam sistemas desse tipo. Já nas médias (entre 50 e 199 funcionários), a participação sobe para 50%, e para 70%, nas grandes companhias (mais de 200 funcionários).
Essa baixa adesão à tecnologia contribui para que muitos processos básicos de desenvolvimento profissional, como a avaliação de desempenho, deixem de ser adotados por boa parte das empresas brasileiras. Ao avaliar o uso desta ferramenta, por exemplo, 51% das pequenas empresas não fazem nenhum tipo de avaliação de desempenho. Entre as médias o índice é de 39%, enquanto entre as grandes é de 33,5%. Ou seja, quanto menor a empresa, menor é a adesão a instrumentos de avaliação de performance e/ou desenvolvimento.
Outra constatação que o Mapa traz está relacionada a carreira e remuneração. Não há planos de cargos e salários em 64% dos pequenos negócios e 58% deles não fazem pesquisa de clima organizacional (veja os principais dados do estudo na tabela abaixo). Entre todas as empresas pesquisadas, mais da metade não faz o mapeamento comportamental de seus colaboradores — um instrumento considerado fundamental para aumento da eficiência e melhoria do ambiente de trabalho.
“Nossa pesquisa deixa evidente que as pessoas são contratadas de acordo com o currículo e demitidas devido à maneira como se comportam no dia a dia”, afirma Távira Magalhães, diretora de RH da Sólides. “Com o mapeamento comportamental, as taxas de rotatividade caem consideravelmente, já que o perfil do candidato é avaliado segundo as características da função. Um exemplo: cargos que exigem trabalho em grupo são ocupados, com mais sucesso, por profissionais que tenham mais características de comunicadores do que de planejadores”, finaliza.