Auditor independente: um importante parceiro

Letícia Malheiros, Diretora Financeira na Ever Trade (Ex-SPAR Brasil) / Foto: Divulgação
Letícia Malheiros, Diretora Financeira na Ever Trade (Ex-SPAR Brasil) / Foto: Divulgação

Confira artigo de Letícia Malheiros, Diretora Financeira na Ever Trade (Ex-SPAR Brasil)

Em uma visão estreita, o termo auditoria pode carregar uma conotação negativa, que remete basicamente à fiscalização ou controle sobre o que é feito pelo auditado. Engana-se, porém, quem pensa no auditado como mero objeto da atividade de auditoria. Pelo contrário, é ele o sujeito principal do processo, quem é ouvido. Não é coincidência que o termo em latim “audire” significa “ouvir”.

O trabalho da auditoria externa, rígido no aspecto normativo, é um processo conduzido por uma companhia independente que avalia as demonstrações financeiras elaboradas pela administração da empresa auditada. O objetivo é verificar se os registros contábeis refletem, de forma íntegra e confiável, a situação patrimonial, financeira e operacional da organização, conforme as normas contábeis e de auditoria em vigor.

No Brasil, a auditoria externa é obrigatória para sociedades anônimas de capital aberto, empresas de grande porte, instituições financeiras e órgão públicos. Mas há muitas organizações que contratam a auditoria externa voluntariamente, já que uma empresa que é auditada se posiciona, de forma implícita, como uma organização que tem segurança no que faz, nos números que apresenta e na estrutura que a sustenta.

Parceiros auditados, relações mais sólidas

Do ponto de vista comercial, trabalhar com empresas auditadas representa uma blindagem adicional, já que é uma forma de garantir que o parceiro atua com regularidade fiscal, que os contratos são sustentáveis e que há mecanismos formais de controle financeiro. Segundo estudo da PwC, 84% dos investidores institucionais consideram a qualidade da auditoria como um dos fatores mais relevantes na avaliação de risco e decisão de investimento.

Além disso, empresas auditadas oferecem mais previsibilidade, gerando mais confiança entre os players. No dia a dia, essa questão impacta em decisões como crédito, prazos, condições comerciais, joint ventures e fusões ou aquisições.

Governança que impulsiona crescimento

O processo de auditoria exige disciplina documental, revisão constante de controles internos e alinhamento entre áreas, promovendo um ganho estrutural que permanece após a entrega do relatório.

Para empresas em crescimento, a prática também prepara o terreno para voos maiores. Instituições financeiras, fundos de investimento e grandes corporações consideram a auditoria um critério básico de elegibilidade para parcerias ou compras relevantes. Além disso, propicia uma melhora em questões de boas práticas de ESG, compliance, segurança da informação e responsabilidade fiscal.

Em tempos em que a reputação vale mais do que o discurso, a auditoria é vista como uma oportunidade: é na dinâmica do processo que se revela um espaço fundamental para a melhoria contínua de toda a organização. Quem está disposto a ser auditado, está pronto para ser escolhido.

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