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Aumento de ataques cibernéticos em empresas impulsiona procura por seguros

Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance, diz que é mais vantajoso contratar o seguro do que perder a confiança da marca e seus clientes / Foto: WIT / Divulgação
Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance, diz que é mais vantajoso contratar o seguro do que perder a confiança da marca e seus clientes / Foto: WIT / Divulgação

Após ocorrer com empresas como Google e Microsoft, especialista explica como o seguro riscos cibernéticos contribui para a proteção do cliente

As três maiores empresas do setor de tecnologia relataram esta semana que o enfrentamento do maior ataque cibernético de negação de serviço já registrado, durou aproximadamente dois meses e foi 7,5 vezes maior que ataques anteriores. A Google, Amazon Web Services (a divisão de computação em nuvem da Amazon) e a Microsoft, juntamente com a empresa de segurança de dados Cloudfare, confirmaram a ocorrência. A alta exposição ao risco em sistemas de grandes corporações está além de ter um antivírus, por isso, há consultorias especializadas em parceria com seguradoras para proteger informações e a reputação das empresas.

No Brasil, a crescente ameaça de ataques cibernéticos tem impulsionado a procura por seguros. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os seguros contra riscos cibernéticos arrecadaram R$ 98,12 milhões no primeiro semestre deste ano e registraram crescimento de 27,2% em comparação a 2022. Ainda conforme a Susep, os valores arrecadados nos primeiros seis meses de 2023 superam em onze vezes o total do mesmo período de 2019, o que evidencia a conscientização sobre a importância da proteção das empresas contra ameaças cibernéticas.

Segundo Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance, a maior preocupação das empresas em relação a esses ataques é com sequestros de senhas e com o vazamento de informações. Por isso, a procura por esse serviço na WIT Insurance dobrou no último ano, uma alta puxada por clientes que buscam se resguardar dos riscos. “Essa preocupação está associada também com a Lei Geral de Proteção de Dados. Quando o cliente oferece seus dados a uma empresa, espera-se que possa confiar na segurança dela”.

O seguro cibernético ampara o patrimônio e a operação das empresas de riscos no ambiente digital, que, ao sofrerem um ataque, podem ter seu trabalho comprometido e a confiabilidade questionada. “O seguro protege não apenas do risco financeiro, mas da má reputação. Nenhum cliente quer fechar uma parceria e ter suas informações expostas. É mais vantajoso contratar o seguro do que perder a confiança da marca e seus clientes, causando prejuízos até piores do que os monetários”, diz Eduardo Ramirez.

A cobertura do seguro cibernético engloba diversos cenários, que vão desde a responsabilidade por vazamento de dados, perda de clientes e danos à reputação, lucros cessantes, custos de defesa e indenização, extorsões e gastos para cobrir as causas do vazamento de informação. “Desde que previstas na apólice, todas as perdas e despesas financeiras em razão de um ataque estarão protegidas”, completa o especialista.

De acordo com dados da Susep, a busca por seguros teve crescimento de 7,7% no primeiro semestre de 2023, com uma arrecadação total de R$ 181,77 bilhões. Nesse cenário, além da segurança cibernética, os ramos de seguros de automóvel e seguros de vida destacaram-se como impulsionadores do aumento.

Eduardo Ramirez também alerta para o risco que empresas com mais acessos e exposição correm diante do cenário de ataques. Dependendo do segmento da empresa, deve haver uma preocupação maior com o espaço cibernético do que com patrimônios físicos. “Segurança não é apenas possuir uma barreira e um antivírus. É preciso uma adequação interna com a área de TI. A seguradora pode contribuir nesse processo com um trabalho de consultoria junto à empresa”, completa.

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