O levantamento também indica crescimento do seguro de doenças graves. Só na insurtech, a cobertura DG cresceu mais de 180% no comparativo com 2022
Não é mais novidade que o mês de outubro é marcado pela conscientização sobre os cuidados com o câncer de mama. Em levantamento realizado pela Azos, insurtech de seguro de vida, esse tipo de tumor é o que mais matou mulheres no Brasil nos últimos 5 anos. De acordo com a empresa, o país registrou mais de 89 mil óbitos por câncer de mama de 2018 a 2022. A boa notícia é que a conscientização e o diagnóstico precoce tem surtido efeito. No período (2018-2022), as mortes pela doença têm tido um crescimento mais lento, sendo em média 0,6% ao ano ou 3% no período; comparando com os 5 anos anteriores (2013-2017), o aumento era de 3% ao ano ou 18% no período. Ainda segundo a Azos, o mercado de seguros está atento às mudanças do cenário.
Doenças delicadas como essa, desencadeiam outras questões pessoais, que afetam tanto a vida das pacientes, quanto seus familiares. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer sugere que, com cerca de 4,4 milhões de mulheres que morreram de câncer em 2020, quase 1 milhão de crianças ficaram órfãs, sendo que, aproximadamente 25% delas, a causa foi o câncer de mama.
Pensando em manter a segurança dos filhos em caso de falta, um levantamento realizado pela Azos, detectou que, entre maio de 2021 e maio de 2023, aproximadamente 70% dos clientes que contrataram seguro de vida (em caso de morte) têm seus filhos ou cônjuges como beneficiários. Muitos desses pais e mães optam por designar como beneficiário o cônjuge, provavelmente, devido à presença de filhos menores de idade, levando a uma escolha frequentemente direcionada ao responsável legal. Em uma pesquisa feita recentemente com os clientes da insurtech, dos 37% que afirmaram ter os filhos como beneficiários, 19% possuem filhos entre 2 e 10 anos.
Outro dado está associado à rejeição e abandono do parceiro durante o tratamento da doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, 70% das pacientes diagnosticadas com câncer são abandonadas pelo companheiro durante o processo. Além das questões emocionais, no geral, as mulheres acabam ficando frequentemente vulneráveis financeiramente durante esse processo. No geral, o tratamento gera alto custo e o dinheiro mensal reduz com a falta do salário e, a ausência do companheiro, tende a piorar ainda mais essa situação.
Esse cenário incentiva as empresas de seguros a conscientizar as mulheres sobre a importância de uma proteção de pode ser utilizada em vida, como o seguro para doenças graves. Na Azos, por exemplo, a cobertura de doenças graves oferece ajuda financeira caso o segurado seja diagnosticado com alguma doença grave, incluindo câncer nos três níveis: leve, moderado e grave. Entre os meses de janeiro e setembro deste ano, a base dessa cobertura cresceu 187% na insurtech, comparado com o mesmo período de 2022.
De acordo com Rafael Cló, CEO da Azos, o diferencial é que o seguro de doenças graves pode ser contratado individualmente. “Essa cobertura serve como um complemento ao plano de saúde, uma vez que o plano cobre apenas despesas médicas (consultas, exames). O seguro de Doenças Graves garante a autonomia para a mulher pagar as contas do dia a dia, pagar medicamentos e arcar com possíveis cirurgias e tratamentos não incluídos no seguro saúde”, explica. Hoje, na Azos, as mulheres representam 46% da carteira do seguro para doenças graves.
De acordo com a insurtech, o cenário da pandemia despertou nas pessoas uma preocupação maior com a segurança financeira da família. A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) indica que a categoria cresceu 29% em 2021, 17,8% em 2022 e, até maio de 2023, 10,9%. Por isso, hoje as opções de coberturas de vida estão bem amplas e contemplam proteções, não só para falta, mas também para doenças graves e invalidez.